Robô ganha inteligência artificial para operações em Marte

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Desde que o homem pisou na Lua e falou aquela frase manjada sobre passos, a humanidade começou a teorizar sobre a possibilidade de explorar ambientes fora da Terra. O robô Justin foi pensado com objetivo semelhante, para operações em Marte. Feito pelo instituto alemão DLR, ele está sendo exibido em feiras desde 2006, mas a novidade é que agora Justin tem inteligência artificial, ou seja, pode pensar e tomar decisões.

O objetivo é usar esse tipo de robô para realizar tarefas e manusear ferramentas em lugares no espaço que podem ser perigosos para nós. Considerando as características do corpo humano, os riscos da superfície marciana pouco convidativa, as longas viagens e os perigos do espaço, o plano é trabalhar com sujeitos como o Justin.

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O robô pode tirar e fazer upload de fotos, manusear ferramentas, pegar objetos no ar, bem como se locomover entre obstáculos. Com a recente atualização, ele também pode fazer algumas atividades complexas de modo independente, diferente de outros robôs, que precisam ser controlados ou programados com antecedência para quase todos os seus movimentos.

Um software de reconhecimento de objetos permite que o robô Justin explore todo o seu entorno e assuma atividades como limpeza, inspeção, manutenção de equipamentos e transporte de objetos. Sua última operação de sucesso foi o conserto de um painel solar com defeito, em um laboratório de Munique.

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Nessa ação, ele fez tudo em apenas alguns minutos de forma semiautônoma, sendo dirigido via tablet por Paolo Nespoli, astronauta. Ele (atualmente na ISS - Estação Espacial Internacional) apenas orientou o robô, sem ativamente precisar operá-lo. Por exemplo, somente ao dar o comando "inspecionar painel solar", o robô respondeu com uma sequência de ações e, então, apresentou todas as informações ao astronauta, de modo independente.

Aqui entramos em uma das características mais legais, que é sua velocidade nas mãos. Quando um objeto é arremessado em sua direção, ele consegue prever e calcular com precisão a sua rota e, então, posicionar sua mão para pegá-lo. Ele faz isso em 5 milésimos de segundo. Dá para ver um pouco mais dele no vídeo abaixo, sobre a DLR (a partir dos 30 segundos).

Além de sua própria pesquisa, a DLR, como agência espacial, é responsável pelo planejamento e pela implementação de atividades espaciais alemãs, em nome do Governo Federal. Na Exposição de Tenologia Espacial (Space Tech Expo), o CEO da DLR, Pascale Ehrenfreund, falou em seu discurso que as viagens espaciais vão ter um papel importante no que diz respeito à Indústria 4.0 (relativa ao processo de informatização da manufatura e que tem como um de seus princípios a habilidade de sistemas ciberfísicos de tomarem decisões, sem intervenção humana).

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