Facebook e WhatsApp podem ser forçados a entregar mensagens no Reino Unido

1 min de leitura
Imagem de: Facebook e WhatsApp podem ser forçados a entregar mensagens no Reino Unido

O Facebook, o WhatsApp e outros aplicativos de mensagem podem perder uma importante função de privacidade. De acordo com o site The Times, autoridades do Reino Unido em breve serão autorizadas a pedir — e receber — o conteúdo de mensagens de suspeitos em investigações.

Segundo a publicação, isso será confirmado na forma de um acordo entre os Estados Unidos, país-sede da grande maioria desses aplicativos, e o Reino Unido, liderado pela secretária de Assuntos Internos, Priti Patel. A assinatura está prevista para outubro deste ano.

O governo britânico deseja que o acordo facilite investigações em casos de suspeita de pedofilia, terrorismo e outros crimes graves, em que trocas de mensagens podem ser evidências. Entretanto, o Facebook e os demais aplicativos não costumam entregar esses conteúdos por motivos de privacidade — o que constantemente leva a rede social a ser multada por desrespeitar a ordem judicial.

Empresas negam fim da privacidade

De acordo com o especialista em segurança Alex Stamos, que já trabalhou como chefe de segurança no próprio Facebook, não há tantos motivos para se preocupar. Em uma postagem no Twitter, ele sugeriu que o acordo não significa o fim da criptografia ou a instalação de um software interceptador, mas sim que o Reino Unido poderá lançar ordens judiciais solicitando mensagens da mesma forma que hoje ocorre nos EUA.

Assim, a assinatura do acordo seria benéfica aos dois lados, já que agilizaria investigações no Reino Unido.

O WhatsApp também teria problemas caso o acordo seja assinado. Tradicionalmente, mensagens trocadas no app são criptografadas de ponta a ponta, o que significa que apenas as duas partes da conversa têm acesso ao conteúdo. Para entregar os chats, a desenvolvedora não só teria que desrespeitar os próprios termos de serviço, mas também modificar o seu funcionamento.

Ao Hacker News, o o CEO do WhatsApp, Will Cathcart, confirmou que recebeu as notícias com "surpresa" e que não está ciente de mudanças que alterariam o funcionamento do produto.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.