Ataques DDoS crescem 138% no Brasil; dispositivos IoT seriam os culpados

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Apesar de esse ser um mal moderno que ameaça – com sucesso – nações por todo o mundo, um novo estudo indica que o Brasil pode estar especialmente despreparado contra investidas que utilizem DDoS. A pesquisa liberada pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Segurança no Brasil (CERT.br) no início desta semana afirma que os casos relacionados a ataques distribuídos de negação de serviço cresceram consideravelmente no país nos últimos tempos.

Uma matéria publicada pelo G1 na última terça-feira (18) aborda o assunto e liga o documento a estatísticas compartilhadas recentemente por empresas como a Level 3 e a Imperva – gigantes nos setores de serviços de internet e cibersegurança, respectivamente. Juntas, essas informações apontam que a grande fragilidade do segmento a ataques que tiram os sites do ar em território brasileiro está na Internet das Coisas. Sim, os dispositivos IoT acabam tomando o lugar dos PCs “zumbis” na hora de entupir os servidores de terceiros de requisições.

Mirai estaria se aproveitando da fragilidade do IoT no Brasil

De acordo com o artigo, o Brasil foi o país que mais teve equipamentos desse tipo infectados com o vírus Mirai – um software malicioso desenvolvido com o único objetivo de juntar poder de fogo para ataques DDoS. Os principais alvos do programa são câmeras de vigilância ligadas à internet e máquinas ou gravadores digitais que estejam conectados a esses aparelhos. A abundância desses produtos por aqui fez com que o CERT identificasse um aumento de 138% nos casos de DDoS originados da web brasileira.

O Mirai não é exatamente o vírus mais poderoso do mundo

Se esse número não fosse alarmante por si só, há ainda o detalhe que o Mirai não é exatamente o vírus mais avançado ou poderoso do mundo quando o assunto é sua capacidade de se espalhar por aí. Segundo o G1, o software se aproveita de falhas simples de segurança para ganhar acesso aos dispositivos: redes totalmente desprotegidas, softwares desatualizados e senhas fracas ou mantidas no padrão de fábrica – entre outros itens básicos de proteção.

Segurança que não cabe no orçamento?

Como as empresas, em geral, costumam adquirir produtos mais baratos por conta do preço elevado da tecnologia IoT no Brasil, o especialista em segurança Altieres Rohr acredita que a balança entre custo e segurança não deve ser equilibrada tão cedo. Talvez campanhas de conscientização para o mercado e para os consumidores pudessem suavizar esse cenário e alertar os brasileiros a respeito dos perigos do “barato que sai caro”, mas essa pode não ser a solução definitiva para os problemas de segurança digital do país.

Fontes

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