Review: Samsung Galaxy S8+ [vídeo]

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O Samsung Galaxy S8+ é, sem dúvidas, um dos smartphones mais esperados do semestre. Anunciado em Nova York no final de março, ele chega ao Brasil pouco mais de duas semanas após o lançamento mundial. Passamos alguns dias com a versão que será vendida por aqui: um modelo dual SIM que traz o processador Exynos. Fizemos uma análise completa desse produto e você vê os detalhes agora!

Design

Ele é, sem dúvidas, um aparelho que chama atenção, seja pelas especificações, seja pela construção. O S8+ lembra bastante o Note 7 e dispõe de bordas de metal e cobertura em vidro com proteção Gorilla Glass 5. As laterais curvadas dão um aspecto premium e a pegada é excelente – apesar de ser um pouquinho escorregadio. O dispositivo também é bastante fino e relativamente leve. São 173 gramas  para efeito de comparação, o iPhone 7 Plus pesa 188 gramas.

Na parte de trás, encontra-se a câmera, que não fica mais protuberante. Há uma moldura para proteger o vidro da lente e evitar arranhões por ali. O aspecto mais estranho é a localização do sensor de digitais, um pouco longe do alcance do dedo. Com a pegada normal, não fica intuitivo chegar com o indicador ali. Faria muito mais sentido deixar o sensor de digitais no mesmo local onde está o do Nexus 6P ou o do LG G5, por exemplo. Como alternativa para desbloqueio, tem o scanner de íris, sobre o qual vamos falar com mais detalhes daqui a pouco.

Embaixo do corpo, tem a entrada para fones de ouvido, a saída da caixa de som e a entrada USB-C. Aliás, a embalagem do S8+ vem com todo tipo de adaptador para alimentação: existe um USB-mini para USB-C e um USB normal para USB-C. Nas laterais, à direita fica o botão de liga/desliga, que também faz a câmera funcionar se apertarmos duas vezes, e à esquerda há os botões de volume e um outro exclusivo da Bixby. Mas a mudança que mais importa mesmo está na frente: não tem mais um botão físico na parte inferior – foi colocado um sensor de pressão, que fica por baixo da tela.

É algo parecido com o 3D Touch da Apple, mas limitado apenas à área onde o botão antigo ficava. Tem uma outra questão que sempre incomodava quem estava acostumado com aparelhos Android de outras marcas e optava por um smartphone da Samsung, que é a posição invertida dos botões de voltar e menu. Agora, é possível forçar e colocá-los na mesma posição de todos os outros aparelhos do mercado. Está aí uma boa notícia para aqueles mais preocupados com pequenos detalhes.

Finalizando a questão da construção, ele conta com certificação IP68 contra água e poeira e pode ser mergulhado por até 30 minutos a até 1 metro e meio de profundidade.

Tela

A tela, sem dúvidas, é o que mais chama atenção em um primeiro momento. A qualidade impressiona – ela é uma Super AMOLED de 6,2 polegadas, mas montada em um corpo super compacto. Isso porque a Samsung conseguiu ocupar 83% da face do smartphone com o visor. Ele até ganhou o nome de Infinity Display por causa disso, e é esse o principal argumento de vendas do aparelho no momento.

Só temos uma consideração a fazer aqui. A tela é realmente bonita, tem brilho, contraste e cores fenomenais, os ângulos de visão são muito amplos, as laterais curvas promovem uma experiência diferente na hora de assistir a conteúdo multimídia, mas a proporção do display é diferente: são 18,5:9, quando estamos acostumados com uma proporção 16:9.

Se você não pegou o problema, é o seguinte: ao dar “Play” em qualquer vídeo do YouTube, vai ver pequenas faixas na esquerda e direita, diminuindo a área da tela. Até é possível clicar em um botão lateral e o software do aparelho vai esticar o vídeo para caber na tela inteira, mas aí estamos aumentando o conteúdo. Não é nada que incomoda o público casual, mas os mais observadores, certamente, vão ficar chateados com isso.

A função Edge, que veio nos modelos de mesmo nome dos anos anteriores, continua presente. Você pode colocar os contatos mais importantes na “dobrinha” da tela, ou os aplicativos que mais usa no dia a dia. O Always On Display também continua firme e forte. É possível fazer com que a hora, calendário ou algumas informações pré-definidas sejam sempre exibidas, mesmo quando o celular estiver em repouso. E isso não impacta em quase nada a bateria.

Configurações

Estamos falando do aparelho Android mais potente do mercado até o momento. A versão brasileira vem com o processador Exynos 8895 de fabricação da própria Samsung. Ele é cerca de 10% mais potente que o chip que equipa o S7 e é bastante similar ao famoso Snapdragon 835, top de linha da Qualcomm, que vai equipar os aparelhos vendidos no mercado norte-americano.

No Antutu, famoso teste de benchmark para smartphones, o modelo com Exynos 8895 fez 171.894 pontos, pouca coisa a mais que o iPhone 7 Plus, que reinava soberano nessa categoria até então. Já a GPU é a Mali G71, páreo para a Adreno 540, que equipa o modelo norte-americano, e temos ainda 4 GB de RAM para fechar o pacote.

Para quem não liga muito para especificações, a mensagem é a seguinte: pode ficar tranquilo, pois ele aguenta o tranco e roda qualquer aplicativo da Google Play com folga. O aparelho tem armazenamento interno de 64 GB, mas pode ser expansível via cartão microSD  aqui vale dizer que a bandeja do microSD pode levar, também, um segundo chip. Daí o usuário escolhe como quer usar essa função no seu smartphone.

O Android de fábrica é o 7.0 e a melhor notícia é que a interface da Samsung, a TouchWiz, agora está muito mais leve e moderna. Ainda se percebem algumas customizações, mas bem menos que no passado. Tem uns gestos legais, no entanto. Para abrir a lista de apps, por exemplo, é só fazer um gesto para cima. Para os que têm mãos pequenas, um movimento do canto inferior esquerdo para o centro faz com que a tela fique menorzinha, com todos os comandos acessíveis com uma mão só.

Câmera

A Samsung optou por não seguir a tendência de câmeras duplas na traseira. Temos aqui uma câmera única de 12 MP e abertura de 1.7, então, muita luz chega até o sensor. A tecnologia dual pixel, introduzida no ano passado com o S7, chegou para ficar e deixa o foco muito mais rápido. O S8+ usa uma estratégia de tirar várias fotos ao mesmo tempo e as combina para um resultado final melhor.

Só notamos um certo delay quando estamos usando o flash. Aí, o click não é tão imediato assim. Ele tem, claro, algumas brincadeiras na câmera, por exemplo, o modo panorâmico, o manual  no qual é possível definir todas as informações de exposição , ISO, foco... E dispõe também do foco seletivo, que é uma brincadeira parecida com o que a Apple entregou com a câmera dupla do iPhone 7 Plus. Você tira a foto com objetos em planos distintos e ,aí, depois da imagem clicada, é possível alternar o foco entre um e o outro.

O movimento lento faz vídeos em câmera lenta a impressionantes 970 frames por segundo; o intervalado faz time lapses; e o foto virtual produz imagens em 360 graus de algum objeto. Em ambientes escuros, a câmera surpreende. Veja essas fotos tiradas em uma sala com a luz apagada. Nem parece que o local estava tão escuro! Em vídeo, é possível gravar até 4K a 30 fps, ou Full HD a 60 fps.

Já a câmera frontal é de 8 MP, com foco automático, mas não possui flash. Ainda assim, ela tira fotos de qualidade, mesmo em ambientes escuros, e tem até uns filtros à la Snapchat para brincar. A crítica é para algo que já virou padrão em câmeras de selfie, que é o excesso de suavizações. Dependendo de como se utiliza esse recurso, você vai acabar parecendo um boneco de cera na imagem. Então, nossa sugestão é: use com moderação!

Bixby

Assistentes digitais estão na moda. É só ver que o Google tem o Now, a Apple tem a Siri, a Amazon tem o Alexa, o Windows tem a Cortana... faltava alguém da Samsung para completar essa família. Daí que chegou a Bixby. Ela não fica ouvindo o ambiente o tempo inteiro, como o Google Now faz. No caso da Bixby, é preciso apertar um botão na lateral. A vantagem é que ela entende mais do contexto das informações.

Em teoria, você pode falar para ela “Bixby, tire uma foto!”, e ela vai tirar. Depois, você pode dizer "Mandar por Whatsapp para o João", pois ela vai entender que você está se referindo às imagens recém-capturadas. E estou falando "EM TEORIA" porque temos um problema aqui. A Bixby, em toda sua plenitude, foi colocada em standby, mesmo nos Estados Unidos.

Aqui no Brasil, então, as funcionalidades ainda são muito poucas

Aqui no Brasil, então, as funcionalidades são muito poucas. Você já pode, por exemplo, fazer coisas que o Google Now já executa, como vasculhar seus emails e dar avisos com relação a compromissos na agenda, ou tirar foto de algo e buscar por imagens semelhantes.

Existe ainda a opção de tirar foto do rótulo de uma garrafa de vinho, por exemplo, e a Bixby vai te dizer onde aquele vinho foi produzido, o tipo, se vai bem com carne vermelha, no jantar etc. Ela ainda não entende português, então, o usuário terá que lidar com o inglês nesse primeiro momento. Mas o futuro dessa ferramenta é bastante promissor. A ideia é que cada vez mais desenvolvedores de aplicativos passem a utilizar as funcionalidades da Bixby para aprimorar as experiências.

Segurança

Segurança é algo fundamental quando o assunto são suas informações particulares. Por isso, a Samsung resolveu ir além. Se você for do tipo tradicional e quiser travar seu telefone com uma senha, tudo bem. Prefere o padrão desenhado na tela ou por digital? OK também. Mas aqui foi adicionado o reconhecimento facial e o reconhecimento por íris.

Esse último, apesar de não ser exatamente uma novidade, chamou a atenção do mercado por ser duzentas vezes mais seguro que a trava por impressão digital. Em nossos testes, o desbloqueio por íris funcionou de forma perfeita e rápida, sem atrasos ou erros de leitura.

Bateria e extras

Em uma época em que alguns fabricantes já nem fazem mais questão de mandar um mísero fone de ouvido nas caixas de smartphones super caros, a Samsung optou por oferecer um par fabricado pela AKG, empresa reconhecida pelo alto padrão dos produtos que vende. O acessório tem um encaixe muito bom no ouvido e é de boa qualidade, com graves bastante acentuados.

Claro que não devemos compará-lo a um fone de ouvido profissional, mas ele realmente resolve o problema daqueles que querem ouvir música no caminho de ida e volta para casa. Já a caixa de som embutida no aparelho é somente OK e aqui existe um pequeno problema, que é o posicionamento dela. É muito fácil abafá-la com a própria pegada, ou mesmo apoiando o smartphone no corpo.

Quando o assunto é bateria, é necessário apontar uma questão importante. Os novos processadores embarcados no S8+ foram feitos em uma litografia de 10 nanômetros, garantindo assim que a Lei de Moore continue firme e forte no mundo tecnológico.

Essa história de 10 nanômetros, em resumo, é o seguinte: smartphones com processadores com litografia menor tendem a ser mais eficientes no consumo de energia, então, usar esse processador deveria significar algo muito bom para a duração da bateria. Mas, vamos aos testes.

Para chegar a uma resposta concreta, vamos fazer umas contas e comparar com o S7 Edge para podermos dizer se houve ou não uma evolução. É fato: o S8+ tem um processador mais econômico. Por outro lado, tem também uma tela maior, ou seja, teoricamente pode gastar mais energia por causa disso. O S7 Edge tinha uma bateria de 3600 mAh e o S8+ tem um tanque um pouco menor, de 3500 mAh.

O S8+ surge com uma bateria um pouco menor que a vista no S7 Edge: são 3500 mAh contra 3600 mAh do antecessor

Dito isso, em nossos testes, pudemos comprovar que a bateria dele dura menos que a do irmão mais velho, mesmo com o processador mais econômico. O S8+ gastou 12% de energia em uma hora de streaming de vídeo com a tela em brilho máximo, enquanto o S7 Edge gastou 10%. Não seria nada mal se a Samsung, no mínimo, deixasse a bateria do mesmo tamanho, né? Pudemos comprovar que houve sim um comprometimento da autonomia.

É bom lembrar que temos a capacidade de fast charging nesse aparelho. Em nossos testes, garantimos 30% de bateria em cerca de 20 minutos, e uma carga cheia em uma hora e meia plugado na tomada.

Vale a pena?

E então, comprar ou não comprar? Bom... existem alguns bons argumentos para que você leve esse aparelho para casa. Ele é o mais esperto do momento, o único até agora com o novo processador com litografia de 10 nm, dispõe de uma tela de 6,2 polegadas que realmente chama atenção, conta com questões de segurança que o destacam em comparação à concorrência, mas como já era de se esperar, o preço no Brasil não ajuda.

São R$ 3999 para levar o S8 e R$ 4399 para levar o S8+ para casa. Se você tem dinheiro infinito, é uma ótima opção. Se você tem pontos com a sua operadora e consegue um bom desconto, também vale a pena. Agora, se o dinheiro anda curto, talvez um bom negócio seja optar pelo Galaxy S7, que acabou ficando mais barato depois do lançamento do S8 e ainda é um bom aparelho para os dias de hoje. Dito isso, o que você faria? Levaria o S8 com você? Conta para a gente nos comentários.

Valores:

Samsung Galaxy S8 – R$3.999,00
Samsung Galaxy S8+ (Plus) R$4.399,00

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