A Apple tem desafiado os computadores com o iPad Pro desde o lançamento da primeira versão. No novo modelo de 2020, anunciado em março, a empresa também revelou uma nova capa com teclado que agora traz um mousepad e recursos de segurança presentes em MacBooks.
Em 2018, a Apple incluiu nos MacBooks Air e Pro o chip (coprocessador) de segurança T2, que é responsável por gerenciar dados do Touch ID, recursos de áudio, SSD e mais. Neste ano, o novo iPad Pro traz o mesmo tipo "bloqueio" de segurança nos microfones que atua no hardware.
Como explicado pela Apple, quando o tablet está conectado a uma capa MFI (Made for iPhone/iPad/iPod) e esta é fechada, o microfone é desabilitado no hardware. Assim como nos Macs, mesmo aplicativos com privilégios de root ou kernel no iPadOS não podem usar o componente.
A ideia é que, enquanto o iPad Pro (2020) estiver desbloqueado e com a capa conectada, porém aberta, o microfone pode ser utilizado; no momento que a capa é fechada, o microfone é desligado e não pode "ouvir" nada.
No caso dos MacBooks, as travas de segurança no microfone funcionam quando o notebook é fechado. A câmera, por exemplo, não é desabilitada no hardware "porque seu campo de visão está completamente obstruído com a tampa fechada", segundo a empresa.
A medida de segurança foi tomada também no tablet para impedir que o hardware não seja comprometido em uma invasão – ou, por exemplo, se o dispositivo for vítima de um spyware.
A informação foi confirmada pela Apple em um documento de segurança, disponível no site da empresa. A Apple também destaca o Secure Enclave como "a base para criptografar dados [quando os dispositivos estão] em repouso, de inicialização e biometria".
