Peugeot entra no mundo dos carros-conceito autônomos com o Instinct

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Quando se fala de carros autônomos na atualidade, uma coisa é difícil de esconder: eles são feios. Bem feios. Não porque os modelos em si sejam mal desenhados, mas porque, pra que eles andem sozinhos, é necessário que eles sejam equipados com uma série de bugigangas do lado de fora que não fazem com que eles sejam tão atraentes assim.

De qualquer forma, as montadoras têm se esforçado para mostrar conceitos que provam que o futuro não deve ser tão medonho assim, e a Peugeot acaba de integrar esse grupo com um ótimo argumento: o Instinct.

O veículo, com sua carroceria no estilo “shooting brake”, que lembra muito uma perua, é inspirado fortemente pelo conceito de “a Internet das Coisas” e, assim sendo, é completamente voltado para fazer parte desse ecossistema.

Isso significa que ele estará se comunicando constantemente com outros gadgets que você possui, tudo graças a plataforma SAMSUNG ARTIK Cloud. Um exemplo, que não é dos melhores, ele poderá se comunicar com seu smartwatch e verificar se você bateu sua meta de distância percorrida a pé – caso você não tenha, ele poderá sugerir que você estacione um pouquinho mais longe do destino para te dar aquele incentivo.

Mas nem tudo é incentivo fitness: entre outras funcionalidades e integrações que itens da sua residência, por exemplo, essa comunicação vai permitir também que o Instinct esteja sincronizado com seus compromissos no dia e possa programar a melhor rota com antecedência e te dizer qual é a melhor hora de sair para que você chegue com antecedência no local.

Ele vai até contar com um modo de direção autônoma chamada de “Autonomous Soft”, para depois daquela sessão pesada de academia ou depois de um dia cansativo de trabalho, no qual ele vai dirigir de forma mais tranquila, para que você aprecie a paisagem e possa relaxar um pouco – mesmo que isso signifique andar um pouquinho mais.

Por outro lado, o "Autonomous Sharp" vai otimizar a rota e levá-lo da forma mais eficiente e rápida até o seu destino. Para isso, o Instinct vai se guiar e enxergar o mundo a sua volta através de câmeras que são incorporadas ao conjunto óptico dianteiro, ou seja, compartilhando espaço com os faróis.

Caso você opte por botar a mão na massa e dirigir, no entanto, a Peugeot não vai tirar isso de você: o volante do Instinct será retrátil e basta escolher um dos modos de direção manual para que ele seja destacado na sua frente.

Isso permite que você tome o controle em uma condução mais esportiva, a Drive Boost, para quando você estiver inspirado e precisando de um pouco de emoção, ou de forma semi-assistida, chamada de Drive Relax, para uma viagem longa mas que você queira fazer parte do trabalho de dirigir.

A parte de infoentretenimento também merece destaque, já que é para ela que você estará olhando quando não estiver dirigindo: trata-se de um painel de 9,7 polegadas localizado no console central e que faz parte do conceito chamado i-Cockpit da marca francesa.

Com ele você poderá passar o tempo que originalmente seria perdido no trânsito para, por exemplo, comprar coisas. Muitas coisas. Há uma série de controles no console também para que você diga ao carro o que você quer que ele faça enquanto estiver no modo autônomo, como é o caso de ultrapassagens ou coisas do tipo.

No entanto, na parte que move o Instinct, a Peugeot optou por não entrar de vez no mundo dos elétricos e resolveu que o conceito utilizará uma unidade motriz híbrida, com um motor à combustão funcionando em conjunto com motores elétricos. Ao todo, o carro poderá ultrapassar a marca dos 300 cavalos de potência, embora a performance não seja o principal foco da montadora com esse projeto.

O conceito foi mostrado pela Peugeot no Salão de Genebra, que aconteceu em março deste ano. Por se tratar de um veículo com nível 5 em autonomia, não devemos esperar ver um Instinct em produção tão cedo: Aude Brille, diretora de estratégia da Peugeot, já adiantou que 2025 é o período mais provável.

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