F1 está próximo dos veículos autônomos da Google, diz Helmut Marko

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Imagem: Planet F1/Reprodução

Em um novo debate acerca da Fórmula 1, Helmut Marko quer uma disputa mais baseada nos indivíduos, do que nas máquinas que pilotam. O ex-piloto austríaco da Fórmula 1 acredita que a liga se tornou uma competição entre engenheiros, deixando corredores em segundo plano e defende grandes mudanças no esporte.

Marko foi bastante categórico em suas afirmações para a revista Der Spiegel. “A enorme superioridade de Lewis Hamilton é o resultado de um motor mais poderoso.”, disse, sem questionar a habilidade do corredor da Mercedes. Nós não estamos competindo entre pilotos, estamos diante de uma competição de engenheiros”, comentou Marko. Para ele, é ruim que uma equipe se mantenha na liderança por tanto tempo.

Em uma perspectiva mais conservadora e tentando reviver o que já foi a Fórmula 1, Marko defende que “não é um feito técnico que deve se destacar, mas quem os pilota”. Não é novidade que a performance do veículo é um fator importante na corrida, mas não deveria ser um aspecto determinante na competição, segundo a opinião do ex-piloto.

Para ele, a solução é eliminar recursos implementados nos veículos modernos e reservar maior responsabilidade ao piloto. Um dos cortes sugerido por Marko é reduzir a telemetria — interface que apresenta estados do motor e de todo o veículo — e cortar a comunicação via rádio entre o piloto e os boxes.

Uma competição entre humanos mais empolgante

Renovar o regulamento da liga e reviver a competição entre os pilotos pode entreter mais o espectador, segundo o ex-piloto. “Quem assiste não quer admirar a melhor equipe de engenharia, mas sim quem leva seus veículos ao limite”, comenta Marko.

Helmut Marko quer reintroduzir características das corridas tradicionais.Helmut Marko quer reintroduzir características das corridas tradicionais.Fonte:  Motorsport Images/Reprodução 

Em um comentário mais rígido, ele faz um paralelo entre a Fórmula 1 e pilotos automáticos de veículos inteligentes: “estamos mais próximos de veículos autônomos que a Google”. “Tudo é determinado pelos engenheiros, e isso é o caminho errado.”, completou.

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