Aluguel de motos em alta como fonte de renda alternativa na pandemia

1 min de leitura
Imagem de: Aluguel de motos em alta como fonte de renda alternativa na pandemia
Imagem: Pexels

Em São Paulo, desempregados alugam motos para atender pedidos de delivery. A onda de desemprego ocasionada pela queda da atividade urbana alavancou o e-commerce e as entregas; aproveitando essa oportunidade, mais cidadãos veem o setor como uma fonte de renda extra — ou até principal — durante a pandemia.

Os dados partem da startup Mottu, companhia paulista de aluguel de motos. Segundo ela, a procura pelos veículos cresceu desde fevereiro, um mês antes da pandemia de covid-19 ser declarada pela OMS. No entanto, elas têm sido utilizadas por entregadores ainda sem veículo próprio, que visam uma renda extra e até a aquisição de uma moto.

Em campanhas promocionais, a Mottu afirma que motoboys faturam até R$ 3 mil por mês. O aluguel diário sai por R$ 35 no plano mensal — oferecendo assistência 24 horas, seguro, manutenção preventiva, parceria com apps de entrega e caução parcelado nas quatro semanas de aluguel.

a  Mottu/Divulgação 

Quando entrevistados pelo G1, os entregadores de motos alugadas relatam que tem dificuldade para quitar o aluguel e outras despesas; daí, o aluguel passou a ser uma opção rentável e alguns visam adquirir seu próprio veículo a partir dessa renda.

A vida do motoboy

Douglas Aparecido, um dos entrevistados com 28 anos, afirma que foi desligado da sua empresa — onde trabalhava na área de contabilidade — e alugou sua moto com suas últimas reservas. Depois disso, a Mottu colaborou com o entregador, prometendo que “no dia seguinte já saía trabalhando”.

Em relato, Douglas descreve que a jornada de trabalho é pesada, precisando trabalhar das 8h às 22h para pagar as contas de casa e o aluguel do veículo. “Faço de R$ 150 a R$ 250 no dia, e como tem que pagar o semanal da moto, então é meio pesado”, conta. “Foi uma válvula de escape para mim por enquanto, mas eu não pretendo ficar com isso (o aluguel) por tanto tempo.”.

a  G1/Reprodução 

Já Wally Santos, músico de 37 anos, enfrenta outros dramas cotidianos. O entregador revelou que já foi assaltado durante o trabalho "esses dias me roubaram o celular, mas não levaram a moto".

Para ele, "comprar uma moto é fácil, o difícil é sustentar". Além disso, o ponto mais vantajoso desse serviço é não ter que se preocupar com o seguro do veículo e sua manutenção.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.