Criador do 'Clippy' fala sobre a origem do clássico mascote do Office

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Entre o fim da década de 1990 e começo dos anos 2000, quem usava os programas do pacote Microsoft Office podia tirar as dúvidas sobre os editores com o Clippy, um simpático e bizarro clipe de papel com olhos e sobrancelhas. Só que ele saltava tanto na tela e conseguia mais atrapalhar do que auxiliar em alguns momentos que acabou odiado por muito usuários — o que também transformou ele em um personagem cult.

Mas, afinal, como alguém teve uma ideia dessas? O site Motherboard conversou com Kevan Atteberry, o ilustrador responsável por dar vida ao clipe falante. Hoje trabalhando como desenhista de livros infantis ("bem menos estressante" do que na Microsoft), ele revelou algumas curiosidades a respeito do personagem, do passado ao presente do assistente.

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Tudo começou com um erro

Kevan trabalhava para a Microsoft em 1995 no projeto Microsoft Bob, uma interface para o Windows criada para ser mais familiar, intuitiva e fácil de usar — um fracasso absoluto. Só que uma das principais funções dele, além de dar origem à fonte Comic Sans, era ter "personagens" que ajudavam na navegação, e essa ideia foi levada em frente pela empresa.

Ao todo, cerca de 250 modelos foram desenhados, mas menos de 10% passou para a avaliação final, que levou seis meses e envolveu até psicólogos da Universidade de Stanford e grupos de teste. O Clippy virou o ajudante padrão por conseguir as melhores notas e ser considerado "o mais confiável e envolvente".

O ilustrador ainda contou um segredo: desenhou Clippy em um Mac e é um usuário do sistema operacional da Apple em vez da rival. E vale relembrar que um mago, um robô, um gato, um cachorro, um quebra-cabeças, o planeta Terra e até Einstein eram alguns dos outros ajudantes.

O clipe que amamos odiar

"Para ser honesto, nem todo mundo odeia ele. Recebo dúzias de emails de fãs que amam o Clippy. (...) E tanto quanto as pessoas odeiam, quando eu as encontro, elas dizem 'Meu Deus, eu odiava aquilo! Era tão legal'. E eu entendo totalmente o fator de irritabilidade", explica.

"Às vezes, eu simplesmente pulo na tela por nenhuma razão. Tipo agora".

Se Kevan fica chateado com tudo isso? "Estou super honrado. Para mim, enquanto as pessoas souberem quem ele é, eu ganho cachê. Até quando o Windows XP saiu, eles usaram o Clippy em comerciais (...) e a camiseta dele é uma das que mais saem nas lojas do campus", conta. Aliás, a parte do cachê é figurativa, já que ele não recebe royalties pela criação, mas diz ter sido pago bem na época do contrato.

Futuro obscuro

O Clippy foi desativado como padrão ainda no Windows XP, e deixou de fazer parte do pacote Office em 2007. Mas o personagem permaneceu vivo no imaginário do público, e ganhou um futuro um tanto quanto esquisito. Alguns exemplos? Ele aparece tendo um fim trágico em um clipe (musical, não de papel) da banda , já foi protagonista de um livro erótico e até apareceu grávido em uma arte feita por uma fã, que usou a folha de papel como "barriga".

Kevan, que viu a postagem no Twitter e até respondeu a autora, riu do desenho e disse ser "a abordagem mais estranha que já vi até hoje sobre ele" — e olha que foram muitas.

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