Correios podem entrar em greve em agosto após corte de benefícios

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Cerca de 100 mil funcionários dos Correios poderão entrar em greve durante o mês de agosto, segundo os sindicatos que representam a categoria. Com a paralisação, os funcionários querem impedir a estatal de cortar benefícios, como o adicional de férias de 70% e um tíquete alimentação de R$ 1 mil oferecido em dezembro, que não estão previstos na CLT.

A direção dos Correios pretende acabar com concessões extras e adequar as demais à legislação, já que no atual cenário econômico afetado pela covid-19, esses benefícios teriam se tornado "fora da realidade".

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Cortes e adequação à CLT

a  Metrópoles/Reprodução 

Com isso, os funcionários que atualmente recebem 2/3 de adicional ao salário durante as férias, receberão apenas 1/3 — o que vai gerar uma economia acima de R$ 600 milhões por ano, segundo estimativas da estatal.

Se a proposta for aprovada, a licença maternidade que é de 180 dias, passaria para 120 dias como prevê a CLT. O período de amamentação, que hoje é de uma hora de intervalo em cada turno, seria de apenas 30 minutos.

Entre as medidas sugeridas, também está um ajuste referente ao tíquete de alimentação que foi citado anteriormente (também conhecido pela categoria como "Vale Peru"), para contemplar apenas os dias efetivamente trabalhados.

A proposta prevê ainda uma redução no adicional noturno de 60%. A direção da estatal quer a "manutenção do adicional noturno conforme legislação, no valor de 20% ao da hora diurna".

Outros benefícios também serão cortados, como o pagamento de multas dos funcionários e o vale cultura. A indenização por morte ou invalidez será igualmente excluída, junto com o transporte noturno.

Divergência nas negociações

O presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, comentou que a proposta é "condizente com a situação financeira e realidade do país" e que, caso não seja aprovada, o caixa da estatal pode passar por um "grave comprometimento".

A categoria de funcionários dos Correios não concordou com a mudança e apelidou a proposta de "pacote da maldade". Como as negociações com a direção não avançam, os 31 sindicatos que integram a principal federação de trabalhadores dos Correios aprovaram um indicativo de greve. No dia 4 de agosto, está prevista uma assembleia nacional para confirmar ou não a paralisação.

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