TSMC deixa de fabricar chips para Huawei por pressão dos EUA

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Imagem: TSMC

A fabricante terceirizada de processadores TSMC, que é uma das maiores do mundo no segmento, anunciou nesta segunda-feira (18) que suspendeu as negociações e futuras encomendas realizadas pela Huawei. A confirmação é do jornal Nikkei Asian Review.

O motivo é uma nova medida econômica dos Estados Unidos, que está em guerra comercial com a marca chinesa desde o ano passado e reforçou ainda mais o cerco contra a marca. Segundo o Departamento do Comércio, qualquer semicondutor fabricado no estrangeiro com tecnologia norte-americana precisa de uma licença própria — uma regulação que provavelmente não é nada fácil de ser obtida e que deve ser solicitada para cada novo carregamento, com uma multa pesada para quem não cumprir as regras.

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Para não se complicar com o governo dos EUA, a taiwanesa TSMC parou de aceitar novos pedidos da Huawei, que é a segunda maior cliente da companhia e depende dela para a produção dos processadores Kirin e de chips dedicados de rede e inteligência artificial. Parcerias fechadas até o final da última semana e encomendas ainda em andamento serão finalizadas sem interferências. A empresa é também uma das principais contratadas pela Apple nesse mercado.

Guerra de trincheiras

Em uma palestra realizada na China, o CEO da Huawei, Guo Ping, chamou a nova medida dos EUA de "árbitrária", afirmou que "sobrevivência" é a palavra-chave para a empresa no momento e disse esperar impactos negativos com essa nova proibição. Segundo a Reuters, o executivo reforçou que todas as restrições eram obedecidas com rigor até agora.

Quando a suspensão de negociação de empresas dos EUA com a Huawei foi iniciada, a TSMC reforçou que continuaria fornecendo produtos para os chineses — o que é relevante mesmo ela também sendo estrangeira, já que parte da tecnologia empresa é norte-americana. Nos últimos dias, entretanto, ela reforçou os laços com o país, ao confirmar a construção de uma fábrica no estado do Arizona.

Vale lembrar que, anteriormente, a companhia foi proibida de negociar com marcas dos EUA por fazer parte de uma "lista proibida" e não pode utilizar o ecossistema de aplicativos e serviços da Google.

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