São Paulo responde por 40% das tentativas de fraude em compras na internet

O Censo da Fraude, divulgado recentemente pela Konduto, uma empresa de tecnologia antifraude para lojas virtuais e pagamentos online, revelou que a cada 10 mil compras virtuais enganosas no Brasil, cerca de 4 mil têm origem em São Paulo. O relatório foi elaborado com base nos mais de 128 milhões de pedidos de clientes para análise de riscos em 2018.

Para esse resultado, os dados foram comparados por meio de índices de fraud share, calculados a partir da divisão das tentativas de engano por estado pelo total registrado no país, considerando a representatividade de cada unidade da Federação. Com cerca 40% das compras fraudulentas no país, o estado de São Paulo passa a ocupar a primeira posição em tentativas de fraude no e-commerce.

Em segundo lugar aparece o Rio de Janeiro, com uma porcentagem de 9,77%; Minas Gerais, com 8,15%, e Bahia, com 5,36% da atividade criminosa, são terceiro e quarto colocados, respectivamente.

Resultados nacionais

Em um contexto regional, o Sudeste engloba cerca de 60% das tentativas de fraude do Brasil. Segundo Tom Canabarro, cofundador da Konduto, a região compreende os maiores índices porque também apresenta as maiores taxas de representatividade do mercado brasileiro de compras pela internet, de forma que a atividade de má-fé se dilui entre os consumidores legítimos.

Ao utilizar uma metodologia diferente e comparar somente o número de pedidos suspeitos pelo total de cada estado ou região, os resultados são diferentes. Nesse caso, as regiões Norte e Nordeste e os estados de Tocantins e do Maranhão lideram as tentativas de fraude na internet.

A finalidade da pesquisa feita pela Konduto foi mostrar onde as transações ilegítimas estão concentradas. A empresa é a primeira do mundo a utilizar tecnologias de inteligência artificial que visam o monitoramento de certos comportamentos de navegação e compra dos usuários, além de geolocalização e validação de dados cadastrais. Em 2018, a Konduto garante ter ajudado a evitar um prejuízo de mais de R$ 3 bilhões oriundos desse tipo de crime na internet.