YouTube ajuda a espalhar fake news sobre saúde, diz pesquisa

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De acordo com um estudo realizado por Anjana Susarla, professora de Sistemas da Informação na Universidade de Michigan, o funcionamento dos algoritmos do YouTube faz com que a plataforma de vídeos via streaming contribua com a disseminação de fake news relacionadas a saúde. Esse foi o foco da pesquisa de Susarla, mas não quer dizer que o comportamento prejudicial do YouTube se limite a esse tipo de assunto.

Engajamento com critério pobre

O que você procura e consome no YouTube determina o tipo de conteúdo que a plataforma vai sugerir para mantê-lo engajado. O problema é que, se você acabou se deparando com um vídeo cheio de dados de procedência duvidosa e clicou em um segundo ou terceiro, mesmo que por pura curiosidade, a inteligência artificial da plataforma vai continuar mostrando mais e mais conteúdo com possíveis informações equivocadas.

Fonte: Pixabay/Reprodução(Fonte: Pixabay)Fonte:  Pixabay 

É exatamente o que tem acontecido nestes tempos de pandemia, em que pelo menos um quarto dos vídeos relacionados à covid-19 não contém embasamento científico válido. De acordo com o estudo de Susarla, os conteúdos com maior engajamento costumam ser os que apresentam as informações de forma mais simplória e são, frequentemente, os mais equivocados.

Vídeos de fontes confiáveis muitas vezes são cheios de termos técnicos e expressões pouco utilizadas no dia a dia, então acabam não chamando atenção do público, fazendo com que sejam menos recomendados pelo algoritmo. Funciona mais ou menos como em um efeito dominó: como os materiais menos confiáveis têm linguagem mais acessível e vão direto ao ponto, fazem mais sucesso na plataforma, mesmo sendo minoria.

"Infodemia"

O problema é tão sério que a enxurrada de desinformação sobre o novo coronavírus na internet levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar a existência de uma "infodemia", relacionada à capacidade de as notícias falsas se espalharem na sociedade, semelhante a uma contaminação por vírus.

O que o YouTube e outras plataformas afins poderiam fazer para amenizar a disseminação das fake news, além da atual medida de sugerir canais verificados nos resultados de busca, é tratar com mais relevância as denúncias dos usuários.

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