Google muda algoritmo para que 'lésbica' não seja mais sinônimo de 'pornô'

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Buscar vídeos pornôs agora pode ficar um tanto mais difícil – pelo menos, usando a palavra “lésbica”: em vez de sugerir páginas pornográficas, o Google mudou seu algoritmo para que, ao se inserir o termo na barra de busca, os resultados direcionem o usuário para a Wikipedia, notícias ou páginas informativas, mesmo que a busca segura não esteja ativada.

Até 19 de junho (dia em que ocorreu a mudança), era o bastante digitar "lésbica" no Google para receber de volta pornografia e conteúdos sexualizados; no Google Imagens, o quadro era pior: uma parede de imagens pornográficas (a busca pelos termos “homossexual” e “trans” remetia a páginas com informações).

A constatação sobre a ligação entre “lésbica” e pornografia veio à tona depois o site de notícías Numerama publicou uma matéria sobre os resultados pornográficos que apareciam sob o banner Pride, criado pelo Google especialmente para relembrar os 50 anos dos tumultos de Stonewall, ocorridos em junho.

(Fonte: Twitter/SEOlesbienne)

Ao ser acusado de favorecer a sexualização das lésbicas, o Google, através do vice-presidente de Qualidade de Motores de Busca, Pandu Nayak, reconheceu que “esses resultados são terríveis. Estamos cientes de que existem problemas como este em muitas línguas e desenvolvemos algoritmos para melhorar essa pesquisa.”

Tomamos medidas para que, quando uma palavra é interpretada de maneira não pornográfica, é essa que apresentada nos resultados de busca

Segundo Nayak, “tomamos medidas para que, quando uma palavra é interpretada de maneira não pornográfica, é essa que apresentada nos resultados de busca”, acrescentando que tais mudanças estruturais "levam tempo".

Ele ainda lembrou que o mesmo problema já aconteceu com as palavras girl e teen (menina e adolescente, em inglês), que também remetiam a sites pornográficos antes que alterações no algoritmo fossem feitas.

A mudança na busca do Google veio depois de uma onda de protestos, em especial na França, onde a conta no Twitter do grupo SEOlesbienne  e a repórter do Numerama Marie Turcan apontaram a bizarrice e lideraram a campanha pela alteração do algoritmo. O SEOlesbienne é conhecido como um dos mais ferrenhos defensores da comunidade LGTB +, principalmente dentro do segmento de tecnologia.

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