Lembra dele? Napster agora é serviço de músicas para outras empresas

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O lendário Napster, programa que começou o mercado de distribuição ilegal de músicas pela internet, mudou o foco de seus negócios e agora concentra-se no mercado B2B (Business to Business, como se fosse "de empresa para empresas). Enquanto a maioria das plataformas de streaming de música se voltam para o consumidor final, a companhia expande cada vez mais seu serviço para outras empresas. A estratégia deve priorizar experiências mais personalizadas a partir da própria plataforma da Napster.

A decisão da companhia nesse sentido parece estar relacionada com o alto custo de aquisição e manutenção de assinantes comuns. Isso porque essa linha de negócios costuma demandar elevado investimento em publicidade e mídias sociais. A concorrência no setor também deve estar acirrada, com o domínio do Spotify.

A biblioteca do Napster com mais de 40 milhões de músicas deve ser usada por montadoras, como a BMW, Audi e Porsche, que poderão oferecer a seus clientes um serviço de streaming exclusivo em alguns modelos de automóvel. Essas listas poderão ser criadas por esses usuários e geradas automaticamente de acordo com seu perfil, graças a recursos de Inteligência Artificial.

Além disso, a Napster fechou recentemente um acordo com a Univision, emissora norte-americana que transmite conteúdo em língua espanhola. A partir do app Uforia, a parceria visa atingir falantes desse idioma que residem nos Estados Unidos, com playlists e podcasts de artistas/influenciadores da América Latina. O serviço não será pago, mas terá anúncios para se sustentar.

Operadoras de telefonia, como a Vivo e Telefónica, também estão explorando essas soluções da Napster. O mesmo caminho tem sido percorrido por empresas de segmento musical, como é o caso da iHeartRadio, plataforma de transmissão de rádio. Ela passou a oferecer um serviço de streaming on-demand pago nos Estados Unidos.

A trajetória da Napster teve seu início controverso, com a disponibilização de arquivos mp3 ilegais para download no fim da década de 90. No seu auge, nos 2000, ela enfrentou gravadoras e artistas na justiça por causa de direitos autorais. Depois disso, passou a ser um serviço de streaming com assinatura para o usuário final. Agora, novamente, a companhia está mudando os rumos de suas operações para um novo mercado em ascensão.

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