GALAX: como a fabricante está tentando ganhar no mercado de placa de vídeo?

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O mercado de placa de vídeos é dividido por AMD e a NVIDIA, mas o lado Verde da Força vem dominando o segmento com pelo menos três quartos do “Market-Share” (número que indica o grau de participação de uma empresa no mercado em termos das vendas).

Entretanto, é importante evidenciar que a NVIDIA não atua sozinha. Ela tem alguns parceiros que são autorizados a produzirem projetos e elaborarem seus próprios modelos, com implementos que buscam oferecer novas alternativas.

Melhores sistemas de refrigeração e alimentação, alterações estéticas, mudança de BIOS, frequências e outros tantos detalhes são alterados para levar modelos diferenciados ao consumidor que busca mais performance. A GALAX não difere de outras grandes marcas neste sentido, mas então qual é o diferencial para justificar o título deste artigo?

Um pouco sobre a GALAX

Para dar sequência é interessante saber que a empresa (Galaxy Microsystems) foi fundada em 1994, como uma OEM (“Fabricante Original do Equipamento”). Foi só no ano 2000 que ela iniciou o processo de fabricação de seus próprios modelos, objetivando competir com os melhores do mercado.

Ao longo da última década, a empresa evoluiu consideravelmente, conquistando Ásia (onda ela é conhecida como Galaxy), Europa (região em que recebe o nome KFA2) e chegando à América (com o nome GALAX). Em 2013, a companhia apresentou a reconhecida série Hall of Fame, que tem como objetivo alcançar a “supremacia” de melhor placa de vídeo do mundo.

Atualmente a líder de vendas na Ásia e com muita força também na Europa, a fabricante vem ganhando espaço no Brasil. Ela chegou aqui com força em 2015 e já fez muito barulho ao trazer produtos acessíveis, bem como modelos mais robustos para quem curte overclocking.

Alguns destaques importantes

Na briga entre as fabricantes, é usual um alto investimento para um “supermodelo”. Este carrega consigo a força da marca, mesmo sabendo-se que a absoluta maioria da receita gerada não venha dos modelos mais caros (às vezes, caríssimos).

Exemplos disso são séries como a ASUS ROG Matrix, MSI Lightning, EVGA Kingpin e a própria Hall of Fame da GALAX. Contudo, fica a dúvida: qual empresa, sabendo dos investimentos e da dificuldade na obtenção de lucros, lançaria uma GTX 750 Ti com características tão superiores? Então, veja só a GALAX GTX 750 Ti que traz vários diferenciais:

Uma placa de entrada com mais de 31 centímetros, PCB de muitas camadas, backplate de alumínio, capacitores de tântalo, indutores de classe aeroespacial, sistema de ventilação triplo e alta capacidade de overclocking, por um preço tão próximo ao modelo superior (GTX 760) e maior capacidade de processamento gráfico. Tudo isso torna o produto muito seletivo.

Seu consumo é limitado para overclockers, casemodders e usuários em busca de estética, o que deixa claro que o produto não visa lucro, mas a estratégia de produzir e ter a melhor placa. É justamente aqui que a GALAX se destaca, pois adota esta estratégia com modelos que nem sempre são os mais tops do mercado.

De certa forma, a briga com as concorrentes ocorre no modelo mais alto da linha, mas eles devem carregar consigo a “obrigação” de suas qualidades para os modelos mais acessíveis (OC, EXOC e SOC), pois são elas que sustentam o desenvolvimento da empresa, uma vez que a linha HOF, assim como as linhas superiores de seus concorrentes, é para poucos.

Este é justamente um diferencial, algo que percebemos também na linha GTX 900, quando temos a 950 EXOC White, a mais rápida do mercado com clock de 1.405 MHz, e também modelos mais acessíveis para posicionar a marca na liderança de desempenho, ou no importante quesito custo-benefício.

A importância dos eventos

Não para por aí. Atualmente, a GALAX é a única empresa do mundo a promover campeonatos mundiais de Overclocking, uma vez que a concorrente MSI deixou de realizar o Master Overclocking Arena no ano de 2015.

Na sua terceira edição, o GALAX Overclocking Carnival terá a presença de três brasileiros: Ronaldo “rbuass” Buassali — do TecLab —, convidado para ser juiz da competição, Jacson “bros Schenckel e Alex “Darkvenon” Tersaiol (que vão como competidores). Os brasileiros chegam com muita moral na competição, uma vez que o principal foco 3D está no benchmark 3DMark.

É importante notar aqui que o TecLab achou uma “falha” no sistema de detecção de tempo que levou a Futuremark (desenvolvedora do software) a reformular o sistema de detecção do tempo, o que ainda não foi totalmente solucionado e aguarda solução, fato que gerou agradecimentos e um tópico dedicado na Liga Mundial de Overclocking.

A comunidade overclocker, em seu aspecto geral, possui alto grau de conhecimento dentre os usuários de PCs, formando uma importante rede de formadores de opinião. Talvez por isso a GALAX tenha gastado uma verdadeira fortuna para projetar e fabricar seus últimos dois modelos, a GTX 980 Ti HOF LN2 e a GTX 980 Ti HOF LN2 GOC, em referência ao campeonato.

Com projetos diferentes, destinadas ao máximo desempenho, a GALAX optou por fabricar apenas 50 placas da série HOF LN2, com cartão VIP para proprietário e acesso direto à engenharia da empresa, e 80 unidades do modelo GOC.

O valor obtido pela venda desses modelos, sequer cobrem seus custos de projeto, demonstrando mais uma vez a determinação de ter as melhores placas de vídeo do mundo, mesmo que para isso seja necessário gastar muito mais do que ganhar. A luta por esta supremacia é estratégica para a marca e, aparentemente, poucas querem ou têm coragem de se aventurar nesta categoria.

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