Xiaomi Redmi 4A: review/análise [vídeo]

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Imagem de: Xiaomi Redmi 4A: review/análise [vídeo]

Prós
  • Design agradável
  • Tela de boa qualidade
  • Hardware competente
  • Bateria de boa autonomia
  • Câmeras razoáveis
  • Áudio satisfatório
  • Preço compatível com a proposta
Contras
  • Falta fones de ouvido

A Xiaomi tem uma linha completa de aparelhos para atender a todos os gostos e necessidades. Pensando no público intermediário que busca curtir vídeos e jogos sem gastar muito, a marca lançou recentemente o modelo Redmi 4A, que vem para concorrer com o Meizu M2, o LG K10 e até mesmo o Moto G5.

Trata-se de um aparelho compacto, leve e que segue o design já conhecido de outros celulares da Xiaomi. Ele traz a interface MIUI e câmeras de qualidade razoável, sendo que o grande diferencial prometido pela fabricante está na bateria, mas será que ele tem um hardware competente para entregar uma experiência satisfatória no dia a dia?

Especificações

Design comum e pouco inovador

Considerando a enorme linha de produtos da Xiaomi, nós não esperamos que todo modelo lançado pela marca tenha um design completamente distinto ou inovador. Assim, a parte visual do Redmi 4A não impressiona tanto, mas cumpre sua proposta de entregar bom acabamento e uma pegada confortável.

Em um primeiro momento, o Redmi 4A até que lembra aparelhos como o iPhone 5c, ainda mais pelos cantos arredondados e pelo acabamento mais simples, ou alguns dispositivos da HTC. Todavia, na parte frontal, vemos alguns detalhes — incluindo as retas, os botões e a disposição dos elementos — que lembram outros produtos da Xiaomi, como o Redmi Note 4.

O Xiaomi Redmi 4A está disponível nas cores rosa, dourado e cinza-escuro. A traseira de plástico parece um tanto frágil, não muito resistente a quedas. Todavia, a simplicidade nessa parte garante uma pegada mais firme, já que o plástico não é tão liso quanto um acabamento em vidro.

O desenho frontal do produto é adequado para uma boa experiência com o sistema e os apps. Graças ao espaço ao redor da tela, você pode segurar o aparelho sem que os dedos atrapalhem a visibilidade na hora dos jogos. Os botões capacitivos abaixo do display não devem ser complicados para quem já está habituado — particularmente, eu prefiro botões na tela ou mesmo sensores biométricos que já contam com funções do sistema.

Importante notar que o Redmi 4A chega como uma ótima solução para quem gosta de um celular mais compacto. Ele pesa apenas 131 gramas e tem medidas reduzidas, o que é excelente para carregar no bolso ou manusear com somente uma mão.

Tela razoável

A tela de 5 polegadas do Redmi 4A entrega boa experiência para a maioria das tarefas. É claro que essa questão do tamanho depende bastante das suas necessidades, mas, particularmente, acredito que o display aqui garante espaço suficiente para jogos e vídeos. A tela só fica devendo pela resolução HD, que perde para vários intermediários, mas, devido ao preço e à proposta do aparelho, essa limitação é perfeitamente aceitável.

A tecnologia da tela é a IPS, que já é bastante comum em celulares desse segmento, então não temos nada a reclamar nesse ponto. O brilho do display é reforçado, sendo adequado para usar em ambientes bem iluminados.

É importante notar, contudo, que essa tela não tem Gorilla Glass, então é bom tomar cuidado, porque qualquer queda pode ser fatal (ainda que o Gorilla Glass não proteja contra estilhaços, ele dá uma proteção extra), e os riscos podem aparecer facilmente.

Interface distinta

O sistema do Redmi 4A é o Android 6.0, também conhecido como Marshmallow. É importante notar que esse celular foi lançado no fim de 2016, então a desatualização do software não é nada surpreendente. Todavia, se você busca um modelo com as mais recentes correções de segurança, talvez este Xiaomi não seja o mais recomendado.

Essa questão do Android também é só um detalhe aqui, já que a experiência com o Redmi 4A é bem distinta daquela que vemos em outros aparelhos com o robozinho. Como já era de se esperar, ele conta com a interface MIUI 8, que segue mais o estilo do iOS, algo notável pela simplicidade.

Quem nunca usou um Xiaomi pode sentir um impacto aqui, já que a interface foge um pouco do padrão do Android. Essencialmente, há diferenças nos ícones, nas fontes, nos menus e nas pastas. Fica um visual bem leve e elegante. Por outro lado, quem já usou um Xiaomi talvez não veja nada de novo ou excepcional, pois o design do software é o mesmo de aparelhos mais robustos.

Desempenho na medida para o sistema e os jogos

A segmentação dos aparelhos de Android causa uma grande confusão para os usuários. Com tantos modelos e tantas configurações, fica muito difícil compreender qual dispositivo se encaixa na categoria de entrada e qual já tem especificações compatíveis com o segmento intermediário.

No caso do Redmi 4A, o hardware e a proposta pendem mais para um intermediário, ainda que ele concorra com modelos mais básicos na categoria. No todo, ele perde para um modelo como o Moto G5, mas, ao considerarmos o chipset um tanto robusto e similar ao de aparelhos como o LG K10 (modelo 2016), fica claro que este Xiaomi pertence à categoria intermediária.

Dito isso, vamos falar da experiência geral do Redmi 4A. Na parte de hardware, a Xiaomi colocou um Snapdragon 425 (que tem uma CPU quad-core de 1,4 GHz) e 2 GB de memória RAM. Na prática, essa configuração é suficiente para entregar ótima performance com o Android e os principais apps e jogos.

Os testes de benchmark com o AnTuTu e o Vellamo mostram que este celular da Xiaomi pode entregar uma experiência tão satisfatória quanto a do Moto G5 ou do Quantum MUV Up. São resultados surpreendentes inclusive, dado que ele tem uma configuração mais modesta. A navegação na web e o uso de apps são bem tranquilos, graças também à interface da MIUI.

O chip gráfico é o Adreno 308, que já está um pouco desatualizado, mas ainda apresenta bons resultados em um aparelho com resolução HD. É importante notar que, nesse ponto, o Redmi 4A fica na frente do LG K10 (modelo de 2016, que ainda tinha a GPU Adreno 306). Nos testes, a GPU quase empata com a do K10 e fica levemente atrás do MUV Up.

Além dos benchmarks, nós rodamos jogos como Asphalt Extreme, Assassin's Creed Pirates, Mario Run e Crazy Taxi. O aparelho apresentou bom desempenho em todos os games, mas nos mais pesados (como o Asphalt Extreme) foi preciso realizar alguns ajustes na qualidade. No geral, um aparelho suficiente para uma jogatina básica.

Benchmarks – Comparativos de performance

Como de costume, nós realizamos uma série de benchmarks para averiguar o desempenho do hardware dos smartphones. Abaixo, nós comentamos sobre três softwares que usamos como principais referenciais: 3D Mark, AnTuTu Benchmark 6 e Vellamo Mobile Benchmark.

3DMark

Considerado um dos principais aplicativos de benchmark para chips gráficos (tanto em computadores quanto em celulares), o 3D Mark verifica as capacidades para renderização de texturas, polígonos, efeitos e filtros que são comumente utilizados em jogos. Para evitar distorções nos resultados, nós rodamos o Ice Storm Unlimited, que analisa a capacidade do chip gráfico independente da resolução.

AnTuTu

É muito complicado averiguar a performance geral de um celular apenas com base na experiência de uso, uma vez que as configurações de hardware atuais entregam resultados similares. Assim, a utilização de um aplicativo especializado é bastante útil. Nós costumamos usar o AnTuTu para esse tipo de tarefa, uma vez que ele testa interface, CPU, GPU, armazenamento e memória RAM.

Vellamo

Em tempos em que navegação na web se tornou a principal atividade de muitos usuários, um benchmark para averiguar as capacidades dos celulares para tal funcionalidade é de suma importância. Para tanto, nós usamos o app Vellamo Mobile Benchmark, que faz dois testes: HTML5 e Metal. O primeiro avalia o desempenho do navegador; o segundo verifica a performance da CPU para gráficos na web.

Câmeras intermediárias

A qualidade das fotos produzidas pelas lentes do Remid 4A é razoável. Na parte traseira, a câmera principal com sensor de 13 megapixels faz imagens bonitas, sendo possível incrementar os resultados com os filtros e modos do software próprio da Xiaomi.

Vale notar, contudo, que a abertura em f/2.2 não ajuda muito para as capturas em ambientes escuros ou durante o período da noite. O flash resolve parcialmente esse problema para curtas distâncias, mas não espere milagre.

A câmera frontal é de 5 megapixels, e os resultados também ficaram dentro do esperado. Seguindo a tendência do momento, a Xiaomi adicionou opções de embelezamento facial e efeitos diversos para você incrementar a qualidade das selfies.

Bateria para o dia todo

A Xiaomi promete uma performance de bateria fantástica neste aparelho. Com componente energético de 3.120 mAh, nós não duvidamos por 1 segundo da capacidade do produto nesse sentido, já que ele tem tela pequena e um hardware que também pode economizar energia.

Por padrão, nós realizamos um teste padronizado para conferir a autonomia da bateria. Nesse processo, executamos um vídeo de 1 hora no YouTube, com o WiFi ligado, o brilho da tela regulado em 100% e o som ativado. Ao fim do teste, anotamos a porcentagem de bateria restante e, dessa forma, fazemos um cálculo aproximado da duração de energia até que ela se esgote para tal tarefa.

O teste com o Xiaomi Redmi 4A foi excelente: a bateria tem autonomia total de 8 horas e 20 minutos para reprodução de vídeo na internet. Na hora dos games, você pode esperar uma autonomia que chega a quase 6 horas.

Considerando a utilização padrão do dia a dia — com navegação na web, conversas em mensageiros, músicas no Spotify e alguns joguinhos —, a bateria pode ultrapassar facilmente 24 horas. Essa autonomia pode aumentar se você regular o brilho da tela ou fizer outros truques. Ainda que não seja a melhor bateria da categoria, ela até que cumpre a promessa da Xiaomi.

Extras

Uma coisa legal desse Xiaomi é que ele já vem com apps para ler QR codes e até pra usar a bússola — não que a gente saia por aí explorando as florestas, não é mesmo? Para quem gosta de músicas, este celular já vem com receptor de rádio FM, então é uma pena que os fones de ouvido não acompanhem o produto.

O som do Redmi 4A está dentro do esperando, com agudos caprichados. O áudio fica meio abafado quando o celular é colocado sobre uma superfície, já que os alto-falantes ficam na parte de trás. Todavia, quando seguramos o celular na mão, o som fica bom, sendo satisfatório para a jogatina.

Vale a pena?

No fim das contas, o Xiaomi Redmi 4A cumpre sua proposta de intermediário e deve ser um bom celular para o dia a dia. O design não é inovador, mas agrada no geral, sendo um modelo bem bonito diante de alguns concorrentes. O hardware é equilibrado e suficiente para rodar os apps e principais jogos do momento. A bateria tem boa autonomia e está de acordo com as promessas da fabricante.

E como comprar esse celular? Bom, já que a Xiaomi não está mais no Brasil, a solução é usar a GearBest para importar o aparelho. Ele custa cerca de 100 dólares, o que dá uns 330 reais na conversão atual. Após esse cálculo, basta adicionar taxas de importação e o frete.

Pensando no valor de 600 ou 650 reais, ao que pode chegar com esses acréscimos, até que ele é uma boa opção. Só é bom pensar bem antes de fechar a compra, pois o suporte e a garantia não funcionam como os de um celular vendido por aqui. No mais, um aparelho bacana para quem não é muito exigente e busca boa performance para o cotidiano!

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