Apesar de conquistar mais de 1 milhão de registros, o GeForce Now está enfrentando sérios problemas com as desenvolvedoras. No caso, o serviço de streaming de jogos da NVIDIA disponibilizou títulos sem a autorização dos estúdios.
O caso mais recente foi o survival game The Long Dark da canadense Hinterland Studio. Raphael Van Lierop, diretor da desenvolvedora, explicou no Twitter que a empresa solicitou a retirada do jogo da plataforma por ter sido publicado sem seu consentimento.
Sorry to those who are disappointed you can no longer play #thelongdark on GeForce Now. Nvidia didn't ask for our permission to put the game on the platform so we asked them to remove it. Please take your complaints to them, not us. Devs should control where their games exist.
— Raphael van Lierop (@RaphLife) March 1, 2020
“Por favor, leve suas reclamações para eles [Nvidia]”, destacou o executivo. “Os desenvolvedores devem controlar onde seus jogos são disponibilizados”.
Questionado por um seguidor sobre o jogo estar disponível na Steam, Van Lierop esclareceu que o estúdio possui um acordo de distribuição com a Valve e não com a NVIDIA. Portanto, as desenvolvedoras têm o direito de escolher onde seus jogos serão distribuídos.
A parte mais curiosa é que a NVIDIA ofereceu uma placa de vídeo grátis como um pedido de desculpas.
Representantes internacionais da NVIDIA não comentaram esse caso em específico, indicando que já haviam se posicionado a respeito de situações similares no dia 20 de fevereiro.
“Ao fazermos parcerias com serviços pagos, alguns estúdios podem escolher remover seus jogos antes do fim do período de testes. No fim das contas, eles continuam controlando seu conteúdo e decidem se o game que você comprou em outra plataforma pode ser jogado no GeForce Now”, escreveu a empresa.
Em suma, a NVIDIA aceita os pedidos de remoção, mas não pede autorização antes da inclusão de títulos em seu catálogo após fazer parceria com outros serviços de distribuição, como é o caso do Steam na situação do The Long Dark.
A dona do streaming esclarece que seu serviço é uma espécie de aluguel de máquinas para que os gamers jogem os títulos que já possuem através de um hardware mais poderoso.
Atualização 03/03/2020 - 14h20
A primeira versão deste artigo indicava que o GeForce Now havia "pirateado" o game em questão para ter em seu catálogto, quando, na verdade, a empresa opera com um modelo de negócio de "alguel de máquinas virtuais" e não de games em si.
Categorias