Mudança climática da Terra está atrapalhando visão de telescópios

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De acordo com uma pesquisa publicada na Revista Nature Astronomy, as mudanças climáticas da Terra têm atrapalhado o desempenho dos telescópios em vários observatórios espalhados pelo mundo. Um exemplo do fenômeno tem ocorrido no Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul, no Chile.

Aumento de temperatura

As mudanças climáticas, além causar um impacto negativo em ecossistemas de todo o nosso planeta, estão dificultando o estudo de outros corpos celestes.

Segundo a ScienceAlert, o aumento brusco da temperatura média da Terra, além de outras mudanças nas condições climáticas, começou a desordenar instrumentos de observação do espaço, bloqueando sua visão.

Observatórios estão sendo prejudicados pelas mudanças climáticas da Terra.Observatórios estão sendo prejudicados pelas mudanças climáticas da Terra.Fonte:  Pixabay/Reprodução 

Basicamente, quando a temperatura sobe demais, o ar dentro da cúpula do observatório fica turbulento e prejudica a qualidade da imagem durante as observações.

Os astrônomos e físicos que participaram da pesquisa ainda não puderam comprovar suas suspeitas, e vincular o problema diretamente às mudanças climáticas. No entanto, suas afirmações têm como base experiências anteriores.

No caso do VLT, ele fica situado no Deserto do Atacama, o lugar mais seco da Terra, fora a região Antártica. Nessa localidade do Chile, a temperatura média subiu 1,5 ºC nas últimas quatro décadas, enquanto que, no resto do planeta, o aumento da temperatura média foi de 1 ºC desde a era pré-industrial.

Não é só o aumento da temperatura em si que tem causado problemas nos observatórios: os cientistas também descobriram o aumento na incidência de fenômenos climáticos extremos – que também estão associados às mudanças climáticas – também contribuem para bloquear a visão dos telescópios.

Esses fenômenos têm ocorrido com padrões cada vez menos perceptíveis, gerando ventos e situações climáticas que mudam tão rapidamente, que os astrônomos não conseguem reajustas os equipamentos a tempo, mesmo quando seus observatórios estão longe da própria tempestade.

O resultado são imagens com borrões, que inevitavelmente limitam o estudo de exoplanetas.

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