Fumaça dos incêndios no Pantanal cruza o país e atinge o Sul

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Imagem: Secom-MT/Mayke Toscano/Divulgação

A fumaça do incêndio que está devastando o Pantanal, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, avança pelo Brasil e já chegou ao Paraná, a Santa Catarina e ao Rio Grande do Sul, devendo alcançar São Paulo e Rio de Janeiro nos próximos dias.

Em Curitiba, moradores relataram sentir fumaça nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (15). Em Santa Catarina, a fumaça pôde ser vista em alguns pontos a Oeste do estado, mudando a cor do céu. Já no Rio Grande do Sul, relatos de moradores no último domingo citaram uma “chuva acinzentada” – o que, segundo especialistas, pode ser resultado da precipitação dos resíduos dos incêndios lavados pela chuva.

Na região sudeste, a fumaça deve chegar nos próximos dias, tornando o céu avermelhado, quando o sol aparece e se põe, e leitoso ao longo do dia, piorando a qualidade do ar. O problema deve ser agravado pelos incêndios, considerados os maiores em 20 anos, que estão devastando as imediações da cidade de São José do Rio Preto, no interior paulista, desde a última quarta-feira.

A fumaça (marcada em vermelho) está descendo o país, empurrada pelos ventos.A fumaça (marcada em vermelho) está descendo o país, empurrada pelos ventos.Fonte:  Somar Meteorologia/Reprodução 

Corrida contra o tempo

A nuvem de cinzas que está percorrendo o país é resultante de queimadas na Amazônia e na Bolívia, mas principalmente no bioma do Pantanal. De acordo com o Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT), as queimadas têm origem criminosa.

Jacaré morto pelo fogo, perto da Estrada Transpantaneira.Jacaré morto pelo fogo, perto da Estrada Transpantaneira.Fonte:  Mauro Pimentel/AFP 

Sem previsão de chuvas, não há perspectiva de que o incêndio arrefeça. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 12% do Pantanal (2,2 milhões de hectares do bioma) já foram consumidos pelo fogo.

Mesmo com o aumento de queimadas desde janeiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) diminuiu suas operações na região em 2020: multas por desmatamento e queimadas ilegais caíram 22% este ano, em relação a 2019.

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