EUA usarão plasma sanguíneo de pacientes curados da covid-19

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Imagem: Clinica Mayo/Divulgação

O plasma sanguíneo de pacientes que se recuperaram da covid-19 será usado como forma de tratamento emergencial de infectados pelo novo coronavírus. A decisão da Food and Drug Administration (FDA) vem depois da pressão pública feita pelo presidente norte-americano Donald Trump, apesar de a comunidade médica pedir cautela, já que ainda não há estudos conclusivos sobre o uso desse material no combate à doença.

Depois que o sangue é centrifugado e são retirados os glóbulos vermelhos e brancos, o plasma é o líquido dourado que sobra. Por ter caráter emergencial, a liberação não torna seu uso um novo padrão de tratamento para a covid-19, sendo aplicado apenas para reduzir a gravidade da doença em pessoas hospitalizadas.

Convalescente da covid-19 doa sangue em um hospital de Houston, Texas.Convalescente da covid-19 doa sangue em um hospital de Houston, Texas.Fonte:  NYT/Erin Schaff 

Estudos sobre o uso de plasma na luta contra o novo coronavírus estavam sendo realizados na Clínica Mayo e no Hospital Monte Sinai, e resultados preliminares apontavam que usar os anticorpos contidos no plasma do sangue de pacientes recuperados pode ajudar a melhorar a taxa de sobrevivência de pessoas com a doença. Os dois estudos, porém, foram feitos com pequenos grupos de pacientes e sem times de controle.

Sem dados suficientes

No início de agosto, a FDA já tinha pronta a autorização que agora foi liberada, mas suspendeu o anúncio quando pesquisadores levantaram preocupações sobre a falta de dados fortes o suficiente para apoiar o tratamento. Imediatamente, Trump começou a pressionar a agência para que o tratamento com plasma de pacientes convalescentes fosse liberado. Há 1 semana, o presidente estadunidense disse (sem nenhuma evidência) que o atraso teria motivações políticas.

Agora, são dois os tratamentos emergenciais para pacientes com covid-19: além do plasma, na terapia tradicional largamente usada desde 1890 para tratar doenças infecciosas como difteria e catapora, o antiviral remdesivir tem autorização da FDA para ser administrado em pacientes em estado grave.

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