Como se formam tornados de fogo e por que eles serão mais comuns?

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Recentemente, manchetes do mundo inteiro falaram sobre um fenômeno raro ocorrido em meio ao Loyalton Fire, incêndio que assola a Califórnia, nos Estados Unidos: a formação de tornados de fogo. Apesar de ter parecido uma trágica coincidência envolvendo um cenário climático específico e as queimadas em curso, a verdade é ainda mais assustadora quando se considera que tais manifestações ardem tão intensamente que criam seus próprios ambientes e que elas podem se mostrar mais comuns do que desejamos.

Caso esteja se perguntando como algo assim é produzido, basicamente, o calor faz com que o ar suba, gerando redemoinhos que são capazes de ficar ainda mais potentes. Enquanto em tempestades normais a umidade cria nuvens chamadas cumulonimbus, as de incêndio dão origem às pirocumulonimbus, que, junto a ventos ao redor mudando de direção rapidamente, começam a organizar uma espiral de correntes fortíssimas – os vórtices – e, enfim, os próprios tornados.



Somente durante o Loyalton, no último final de semana, ao menos cinco foram identificados, lançando fumaça a até 9 mil metros de altura e marcando a primeira vez na História em que um serviço meteorológico emitiu alertas para a população. Até então, mesmo especialistas tinham dificuldades de prever quando isso poderia acontecer.

Cada vez mais comuns – e preocupantes

Tornados de fogo não são necessariamente inéditos. Há dois anos, também no estado norte-americano, ventos de fogo de mais de 230 quilômetros por hora desafiaram a cidade de Redding no incêndio conhecido como Carr Fire. Em 2003, Camberra, capital da Austrália, enfrentou algo do tipo, com correntes que passavam dos 250 quilômetros por hora – e, na Nova Zelândia, em 2007, a cidade de Christchurch testemunhou uma tempestade ardente que chegou a 330 metros de altura.



A ação humana não deixa de dar à luz esses verdadeiros monstros. Na Segunda Guerra Mundial, após um bombeamento ocorrido em Hamburgo, unido às condições climatológicas, uma pirocumulonimbus se formou 9 quilômetros acima do local. Se mudanças climáticas continuarem ocorrendo na velocidade em que estão, avisam especialistas, as condições ideais para que os tornados de fogo surjam estarão cada vez mais presentes, assim como seus potenciais de destruição.

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