Risco de pegar coronavírus em alimentos congelados é baixo

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A China afirmou, ontem (13), ter detectado o novo coronavírus em asas de frango congeladas, importadas do Brasil. A notícia despertou preocupação em muitas pessoas, em relação à transmissão do Sars-CoV-2 por meio de alimentos congelados. Mas para especialistas, essa possibilidade é extremamente baixa.

Segundo a virologista da Universidade de Columbia Angela Rasmussen, ouvida pelo The New York Times, a presença de material genético do causador da covid-19 nos pedaços de frango significa apenas que uma pessoa contaminada “provavelmente manipulou aqueles alimentos”. Para ela, não é preciso deixar de comprar o produto, com medo de uma possível contaminação.

O ecologista de doenças da Universidade de Yale C. Brandon Ogbunu tem pensamento semelhante. Para ele, “é quase certo” que quando o vírus cruza fronteiras internacionais, ele é levado por pessoas e não pelos produtos enviados por elas.

A possibilidade de transmissão do coronavírus pelos congelados é extremamente baixa, segundo os especialistas.A possibilidade de transmissão do coronavírus pelos congelados é extremamente baixa, segundo os especialistas.Fonte:  Freepik 

Além disso, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informam não haver evidências de que o manuseio ou o consumo de alimentos esteja associado à infecção pelo coronavírus. A principal forma de transmissão é de pessoa para pessoa, por meio de espirros, fala e tosse.

Transmissão dependeria de eventos incomuns

Para que o coronavírus fosse transmitido por meio de um alimento congelado, uma série de eventos extraordinários seria necessária. O vírus precisaria resistir a uma viagem intercontinental, dependendo da sua origem, congelando e descongelando pelo menos uma vez, e então ir parar nas mãos de alguém que as colocasse na boca ou no nariz, imediatamente.

Alguns vírus até conseguem resistir a tal viagem, mas o coronavírus não é um deles, pois possui uma camada externa vulnerável aos distúrbios ambientais, incluindo as mudanças extremas de temperatura.

Conforme Ogbunu, o ato de congelar e descongelar é um “processo termodinâmico violento”, enquanto o vírus, “com toda a sua resistência e robustez, é um instrumento de infecção muito delicado”, explicou o especialista.

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