NASA divulga imagens do pulsante brilho do céu noturno de Marte

1 min de leitura
Imagem de: NASA divulga imagens do pulsante brilho do céu noturno de Marte
Imagem: NASA/Divulgação

Imagens divulgadas pela NASA nessa quinta-feira (6) mostram como diversas áreas do céu noturno de Marte pulsam emitindo um brilho de tons esverdeados, em determinadas épocas do ano. O curioso fenômeno foi registrado pela sonda Mars Atmosphere and Volatile Evolution (MAVEN).

Segundo a agência espacial americana, o estudo feito com os registros da sonda, lançada em 2013, permitiu descobrir que a atmosfera marciana pulsa três vezes por noite. No entanto, isso só acontece durante a primavera e o outono no Planeta Vermelho.

O fenômeno (veja no vídeo abaixo), também conhecido como “nightglow”, já havia sido observado pela missão Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA). Ele é criado a partir da decomposição do dióxido de carbono e das moléculas de nitrogênio, pela luz ultravioleta do Sol. Com isso, as partículas resultantes se espalham por meio dos ventos de alta latitude, do lado diurno em direção ao noturno.

Ao passarem para regiões mais densas da atmosfera, esses gases se recombinam, criando o óxido nítrico responsável pelo brilho, em um processo cuja energia gerada é liberada na forma de luz ultravioleta, que pode ser detectada apenas por instrumentos especializados, conforme a NASA.

Brilho semelhante à aurora polar

De acordo com o pesquisador do Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado Zac Milby, coautor do estudo que registrou o fenômeno, essas luzes do céu noturno marciano são “tão brilhantes no ultravioleta quanto as luzes do norte da Terra”, se referindo à aurora polar.

O brilho surge a uma altitude de aproximadamente 70 km na atmosfera, se espalhando por uma área com diâmetro de cerca de 1 mil km. Agora, a equipe quer examinar o nightglow de outra perspectiva, olhando acima da borda do planeta.

Quando os primeiros astronautas chegarem a Marte, eles não poderão ver o fenômeno de perto, pois estes pontos brilhantes não emitem luz em comprimentos de onda visíveis ao olho humano, segundo Milby.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.