CERN aprova a construção do supercolisor de € 21 bilhões

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Imagem: CERN/Divulgação

A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) anunciou nesta sexta-feira (19) a aprovação do plano para construir um novo supercolisor circular de 100 quilômetros. O próximo desafio é conseguir o financiamento para o projeto, que deve custar pelo menos 21 bilhões de euros, o equivalente a R$ 124 bilhões, pela cotação do dia.

O novo colisor de partículas será muito mais extenso que o Grande Colisor de Hádrons (LHC), considerado o maior do mundo, com 27 quilômetros de circunferência, instalado em um túnel a 175 metros abaixo do nível do solo, em Genebra (Suíça). Além disso, terá 10 vezes mais energia.

Chamada de Future Circular Collider (FCC), a máquina também deve ser construída nas proximidades de Genebra, dando aos físicos a possibilidade de estudar melhor as propriedades do Bóson de Higgs, também conhecido como "partícula de Deus", além de facilitar a descoberta de novas partículas subatômicas.

Com 27 km de circunferência, o LHC é pequeno se comparado ao novo equipamento.Com 27 km de circunferência, o LHC é pequeno se comparado ao novo equipamento.Fonte:  CERN/Divulgação 

A previsão é de que o FCC comece a ser construído em 2038, ficando pronto para funcionar por volta de 2050, em seu primeiro estágio. Até lá, o CERN continuará operando o LHC, que vai passar por uma atualização em breve.

Construção em duas etapas

De acordo com a Nature, o documento aprovado pelo CERN descreve dois estágios de desenvolvimento para a construção do supercolisor. No primeiro, que deve estar pronto em 2050, ele funcionaria colidindo elétrons e pósitrons, para estudar o Bóson de Higgs.

Em seguida, haveria a possibilidade de colidir prótons com elétrons, em preparação para o estágio final, que envolveria a colisão prótons-prótons, quando o equipamento teria uma capacidade 10 vezes maior de energia que o LHC. A última etapa só deve ocorrer no fim deste século.

Grande parte da tecnologia exigida para colocar a máquina em funcionamento ainda não foi desenvolvida, sendo objeto de estudo nas próximas décadas.

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