Estudo revela: coronavírus não foi feito em laboratório

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O novo coronavírus tem origem natural e não é uma criação de laboratório, conforme afirmaram várias teorias da conspiração que tomaram conta da internet nas últimas semanas. E isso é o que revela um estudo feito em conjunto por cientistas de universidades dos Estados Unidos, da Austrália e da Inglaterra, publicado na revista Nature Medicine na última terça-feira (17).

Desde que o vírus começou a se espalhar, contaminando e matando milhares de pessoas em todo o planeta, não faltam teorias sobre a origem dele. Muitas delas dizem que o coronavírus foi criado pela China para derrubar a economia mundial e sair em vantagem no cenário de crise. Até mesmo Bill Gates foi acusado de ter relação com o suposto desenvolvimento da doença.

Mas a ciência afirma o contrário: a nova versão do coronavírus surgiu como resultado da evolução natural. Pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisarem a sequência do genoma do vírus e encontrarem fortes evidências de que ele apenas evoluiu, possivelmente em morcegos ou pangolins (mamífero em extinção vendido ilegalmente na China).

O vírus pode ter se desenvolvido a partir de hospedeiros como o morcego.O vírus pode ter se desenvolvido em hospedeiros como o morcego.Fonte:  Pixabay 

A equipe de cientistas descobriu, após analisar elementos da proteína usada pelo vírus para se prender e invadir as células humanas, que determinadas características dela são tão eficazes nessa ligação com o organismo do hospedeiro que não podem ter sido fruto de manipulação por engenharia genética, tendo mesmo a seleção natural como origem.

Análise da estrutura molecular reforça conclusão

Cientistas também realizaram a análise da "espinha dorsal" do vírus (estrutura molecular geral do agente infeccioso) para terem ainda mais certeza sobre a origem natural desse coronavírus, comparando-a com os outros seis tipos de coronavírus conhecidos.

Segundo o relatório, o SARS-CoV-2 tem uma estrutura central totalmente diferente das outras versões dos vírus que infectam pessoas, sendo mais um fator que elimina a possibilidade de produção em laboratório, uma vez que a manipulação usaria a espinha dorsal de outras cepas com efeito conhecido.

Principal autor do artigo, o professor de Imunologia e Microbiologia do Scripps Research Institute, Kristian Andersen, afirmou que "podemos determinar com firmeza que o SARS-CoV-2 se originou através de processos naturais", depois de comparar os dados da sequência do genoma disponíveis para amostras conhecidas de coronavírus.

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