Cientistas alertam sobre riscos psicológicos de relacionamentos com robôs

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Se você leu o título da matéria e achou estranho que exista preocupação com relação ao tema, saiba que, apesar de timidamente, o número de bordéis que empregam robôs vem aumentando pelo mundo, assim como o de pessoas que, por uma razão ou outra acabam optando por investir milhares de dólares na companhia de androides e bonecos no lugar de humanos.

Aliás, os dispositivos estão se tornando cada dia mais complexos e realistas – e inclusive estão surgindo modelos dotados de inteligência artificial para que eles possam “aprender” mais sobre os gostos e preferências seus donos e, assim, tornar as experiências mais naturais. Mas, e o custo psicológico e moral de se ter um relacionamento com uma máquina?

Sexo com robôs

De acordo com Pallab Ghosh, da BBC, existem muitos especialistas preocupados com o impacto que “robôs-acompanhantes” dotados de IA possam vir a causar, tanto aos humanos que optam por se relacionar com essas máquinas, como à própria sociedade, uma vez que, ademais do dano psicológico, podem haver repercussões morais também.

(Fonte: The Daily Bell / Reprodução)

Isso porque, segundo Pallab, há quem busque esses robôs para satisfazer fetiches – e até desejos que são classificados como desvios de conduta. Por exemplo, além de os androides serem completamente submissos, obviamente, existem dispositivos programados para criar cenários de estupro e outros cuja aparência é infantilizada para atender às fantasias daqueles com inclinação à pedofilia.

Por um lado, há quem argumente que permitir que, para indivíduos com predisposição a determinados comportamentos, a companhia de um desses robôs poderia ter efeito “profilático” e evitar que essas pessoas se tornem predadoras sexuais ou acabem pondo em prática seus desejos sombrios.

(Fonte: Salon / Reprodução)

Por outro, no entanto, não existem pesquisas relacionadas com as possíveis consequências das relações entre humanos e máquinas, muito menos normas que regulamentem a fabricação e uso dos robôs, e fazer vista grossa para atitudes para as quais existe – e deveria ser seguido – tratamento pode não ser a melhor abordagem.

Além disso, conforme argumentam alguns especialistas, os robôs reforçam a imagem da mulher como objeto. E, nesse sentido, apesar de já existirem modelos capazes de mover os lábios, piscar, mexer o pescoço, conversar e até aprender e se lembrar de coisas sobre seus “amos”, o relacionamento com as máquinas é desprovido de conexão, reciprocidade, intimidade e empatia. A companhia de um androide jamais substituirá a de um ser humano e se há dificuldades, antes de buscar um deles, é necessário buscar ajuda – de alguém feito de carne e osso.

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