5 das descobertas científicas mais importantes da década

4 min de leitura
Imagem de: 5 das descobertas científicas mais importantes da década

Da detecção de ondas gravitacionais, passando por avanços na área da inteligência artificial, o desenvolvimento de técnicas de edição genética como a CRISPR e a descoberta de evidências de que Marte um dia abrigou água em sua forma líquida, os últimos 10 anos foram palco de muitos progressos científicos importantes – e você poderá conferir quais foram 5 dos mais notáveis a seguir:

1 – IA cada vez mais… inteligente

Basta fazer uma breve busca nas notícias de arquivo aqui do TecMundo mesmo para se assombrar com o quanto a inteligência artificial avançou na última década! A partir do uso da estatística na identificação de padrões em bancos contendo quantidades absurdas de dados, as máquinas estão se tornando cada vez mais “espertas” e, hoje em dia, a IA pode ser encontrada em todas as partes – e já faz parte do cotidiano de todos nós. Ou quem você pensa que responde quando precisamos de recomendações de um assistente de voz ou seleciona sugestões de séries para maratornarmos no Netflix?

(Fonte: Acer for Education / Reprodução)

Mas o desenvolvimento da tecnologia não pára e vem caminhando a passos bastante largos. Aliás, além de se falar muito em machine learning na última década, o discurso começou a mudar para deep learning de uns anos para cá – e já existem avanços importantes focados em replicar o funcionamento do cérebro humano e na construção de redes neurais artificiais. A expectativa é de que as máquinas se integrem cada vez mais ao nosso cotidiano e (se a realidade não copiar a ficção!) tornem nossas vidas melhores ao serem empregadas para nos auxiliar a progredir nos campos da medicina, farmacologia, cosmologia, genética, engenharia etc.

2 – Passado habitável

Curiosity, o famoso explorador espacial que a NASA pôs em Marte em meados de 2012, não demorou em descobrir coisas interessantes sobre o nosso vizinho. Não muito depois de chegar, o rover encontrou evidências – na forma de pedrinhas arredondadas – de que o Planeta Vermelho um dia abrigou rios, lagos, fontes e quem sabe até oceanos em sua superfície, isto é, água. Muita água. E esse, como você sabe, é um ingrediente fundamental para que a vida como conhecemos possa florescer.

(Fonte: Phys Org / Reprodução)

Desde então, o laboratório ambulante também descobriu moléculas orgânicas por lá, materiais que sugerem que Marte pode ter abrigado formas de vida em um passado distante. E com outros rovers com viagem marcada para partir em direção ao planeta e fazer companhia a Curiosity nos próximos anos, pode que finalmente os cientistas consigam descobrir se os terráqueos já tiveram companhia no cosmos.

3 – Prova póstuma

As teorias e previsões feitas por Albert Einstein há décadas vivem sendo postas à prova – e, invariavelmente, passando em todos os testes aos quais são submetidas. No entanto, o mais importante da última década certamente foi a comprovação de que as ondas gravitacionais, fenômeno previsto pelo físico em sua Teoria da Relatividade Geral e que consistem em ondulações geradas no tecido espaço-tempo, existem.

(Fonte: Square Kilometre Array / Reprodução)

As ondas gravitacionais foram detectadas pela 1ª vez em setembro de 2015 e, segundo descobriram os cientistas na época, elas foram produzidas pela colisão de 2 buracos negros situados a 1,3 bilhão de anos-luz de distância da Terra. Mas o choque foi tão poderoso que as ondulações viajaram pelo cosmos – à velocidade da luz – até chegarem ao nosso mundo e serem registradas por aqui. Aliás, desde então, outras tantas ondas gravitacionais foram detectadas, provando novamente que Einstein realmente sabia das coisas!

4 – Editando genes

Você já deve ter lido a respeito da CRISPR, sigla de Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats – ou Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas –, que, bem basicamente, consiste em uma técnica de edição genética em que os cientistas "recortam e colam" genes para corrigir defeitos ou melhorar determinados atributos genéticos.

(Fonte: GEN - Genetic Engineering and Biotechnology News / Reprodução)

A tecnologia foi anunciada em 2012, pela dupla de cientistas formada por Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna, e se trata de um método muito mais simples e acessível do que outras terapias genéticas em uso, além de ser incrivelmente promissora e potencialmente ter incontáveis aplicações. A técnica de edição ainda precisa ser melhorada e refinada, mas consiste em um importante avanço para a humanidade.

5 – Aumentando a família

A última década começou com a descoberta, em 2010, de que a nossa evolução foi bem mais complexa do que se pensava quando a nossa árvore evolutiva ganhou novos integrantes. Uma das espécies de hominídeos extintos que cruzaram o nosso caminho no passado foram os Denisovanos, identificados graças ao sequenciamento genético de amostras coletadas em fósseis encontrados na Caverna de Denisova, situada na Sibéria.

(Fonte: Financial Times / Reprodução)

Outros ancestrais humanos identificados ao longo da última década foram os da espécie Homo naledi, cujos fósseis foram descobertos na África do Sul, em 2015, e da espécie Homo luzonensis, classificada nas Filipinas neste ano. Além disso, avanços na paleogenética revelaram que os humanos modernos e os Neandertais se relacionaram – e muito! – há milhares de anos, tanto que a proporção de material genético neandertal encontrado nas populações não-africanas é de 1,5 a 2,1%.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.