Galáxias estão morrendo pelo cosmos – e ninguém sabe a razão

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Levantamentos apontaram que galáxias distantes, situadas em regiões extremas do cosmos, estão morrendo – sua existência lentamente desaparecendo do Universo, e ninguém sabe dizer o porquê. Mais especificamente, essas estruturas cósmicas se encontram presas no tempo e, pouco a pouco, as estrelas que as compõem estão se apagando ou entrando em colapso através de eventos violentos e explosivos conhecidos como “supernova”, arrastando as galáxias à morte, em vez de gerar a formação de novas estrelas. Poético? Que nada! Os cientistas andam muito intrigados com o que vem acontecendo e um time iniciou uma porção de trabalhos para tentar descobrir o que está por trás desse misterioso fenômeno.

Morte galáctica

De acordo com o que explicaram os cientistas, as galáxias não estão morrendo assim, de uma hora para outra. É a formação de novas estrelas que vem sendo afetada por fatores que os pesquisadores desconhecem ainda. Assim, uma equipe – liderada pelo astrofísico Toby Brown, da Universidade McMaster, de Ontário, no Canadá – começou a investigar uma região conhecida como Aglomerado de Virgem e que serve de lar para mais de 1,3 mil galáxias, e a ideia inicial do grupo é a de investigar se o fenômeno de mortes inexplicáveis também está acontecendo por lá e, se sim, entender o que o está causando.

(Fonte: Universal-Sci / ESA / Hubble & NASA / D. Crenshaw e O. Fox / Reprodução)

Para isso, os pesquisadores – que batizaram o projeto de Virgo Environment Traced in Carbon Monoxyde ou VERTICO – empregarão o Atacama Large Millimeter Array (ALMA), um dos principais radio-observatórios do mundo para ver se encontram alguma pista. E você ficou curioso em saber se já existem teorias para explicar essa matança galáctica? Pois, sim, há um par delas sendo examinadas pelos cientistas.

(Fonte: Wikimedia Commons / AURA / STScI / NASA)

Os astrofísicos acreditam que as mortes estão relacionadas com a forma como as galáxias interagem com as condições extremas presentes nos aglomerados em que se encontram, especialmente aqueles mais densamente ocupados por essas estruturas. Então, uma possibilidade é que todo o gás cósmico que uma galáxia empregaria para formar novas estrelas esteja sendo sugado pelo plasma intergaláctico circundante, enquanto a outra alternativa seria que o ambiente no aglomerado, ao se tornar quente demais, impeça que o gás se condense para dar origem a novas estrelas – o que significa que, em ambas teorias, seria uma questão de privação dos materiais necessários para que as galáxias continuem vivas.

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