Inovação: cientistas descobrem novo mecanismo para curvar metais

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Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Wisconsin, nos EUA, identificou uma nova forma de curvar metais – descoberta que não só atualiza antigas noções de como os itens metálicos se deformam, como abre o leque de possibilidades para o design e a criação de novos materiais mais resistentes e duráveis.

Método inovador

Atualmente, a maioria das abordagens em uso para tornar os metais mais resistentes se baseia no recozimento ou no trabalho a frio desses materiais, técnicas essas que agem sobre pequenas imperfeições estruturais conhecidas como “deslocações” presentes na (geralmente superorganizada) malha cristalina que compõe os metais. Só que a manipulação dessas irregularidades interfere na maleabilidade dos materiais metálicos.

(Fonte: Phys Org / Reprodução)

Segundo os cientistas, a capacidade de se curvar um metal é conhecida como ductibilidade – e os métodos que mencionamos acima acabam por restringir as deslocações e tornar esses materiais menos dúcteis. O problema é que, ao perder flexibilidade, os metais também se tornam mais propensos a sofrer fraturas quando submetidos à pressão.

Entretanto, os pesquisadores descobriram uma liga intermetálica – composta por samário-cobalto – capaz de se dobrar mesmo quando as deslocações não estão presentes. Mais especificamente, os cientistas observaram que, ao curvar essa liga, surgem bandas estreitas na malha cristalina e, nelas, as moléculas adotam uma configuração amorfa, diferente da estrutura regular e organizada que se observa no restante da liga metálica.

(Fonte: Design Engineering / Universiade de Wisconsin-Madison / Sam Million Weaver / Reprodução)

A equipe primeiro descobriu essa propriedade através de simulações por computador e comprovou seu funcionamento por meio de experimentos, observando que foram mesmo as bandas amorfas que permitiram curvar o metal. Agora, o próximo passo consistirá em identificar outras ligas e materiais que também apresentem a mesma característica, assim como usar o método para manipular a ductibilidade e resistência dos metais. A pesquisa, aliás, foi financiada pelo Exército dos EUA.

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