Usar o celular à noite não deve afetar o sono, diz novo estudo

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Quem nunca ouviu de algum médico que usar o celular antes de dormir pode causar insônia ou prejudicar a qualidade do sono? Pois novos estudos indicam que pode não ser bem assim.

Segundo um artigo publicado na Science Daily, pesquisadores da Northwestern University fizeram testes em ratos para estudar os ritmos circadianos gerais do corpo — que funcionam de forma parecida em humanos. Por meio dos ratinhos, eles descobriram que áreas responsáveis por receber exposição curta de luz estão separadas das de exposição longa (como a luz do dia, por exemplo), contradizendo o que se acreditava anteriormente.

Os ciclos de sono e vigília dos seres humanos estão diretamente sincronizados com a iluminação do dia, nos fazendo sentir sono à noite, da mesma forma que temos maior disposição durante o dia. Contudo, as exposições rápidas à luz artificial, como em celulares, por exemplo, não causam o mesmo efeito da luz natural no cérebro — diferentemente do que se acreditava antes.

(Fonte: Canal 24 Horas/Reprodução)

"Se esses dois efeitos — exposição à luz aguda e de longo prazo — fossem impulsionados pelo mesmo caminho, então cada pequena exposição à luz correria o risco de mudar completamente os ritmos circadianos do nosso corpo", disse Tiffany Schmidt, da Northwestern, que liderou o estudo.

Está se tornando mais importante entender como esses diferentes tipos de informações de luz são retransmitidos para o cérebro

Continua Schmidt: "antes do uso popular da eletricidade, nossa exposição à luz e à escuridão ocorria de modo bem previsível, mas a eletricidade se tornou muito barata. Todos nós temos smartphones, e suas telas são muito brilhantes. Estamos todos sendo expostos à luz nos momentos errados do dia. Está se tornando mais importante entender como esses diferentes tipos de informações de luz são retransmitidos para o cérebro".

A pesquisadora enfatiza que, naturalmente, qualquer exposição em excesso à tecnologia pode, sim, causar efeitos negativos no cérebro. O que ainda não se sabe é o limiar exato entre o saudável e o excessivo.

Os resultados detalhados dessa pesquisa serão publicados nesta semana na revista eLife.

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