Humanos aprenderam a caminhar devido a “explosão de estrelas”, diz estudo

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Há 7 milhões de anos, explosões de estrelas de proporções inimagináveis na Via Láctea, espalharam raios cósmicos por todo o cosmos, atingindo o pico na Terra 2,6 milhões de anos atrás. Evidências dessas explosões são encontradas em depósitos de ferro no fundo do oceano, o que permite que a origem e a data dessas explosões sejam determinadas. As supernovas e seus efeitos potenciais teriam acontecido em um momento durante a transição da Época do Plioceno para a Era do Gelo.

Créditos: Pixabay

Segundo um estudo publicado na revista especializada Journal of Geology, a onda de radiação desencadeou uma cadeia de eventos, como o fato de fazer os antepassados da espécie humana, chamados hominídeos, passassem a andar com as duas pernas. Os cientistas acreditam que a grande quantidade de energia absorvida pela nossa atmosfera pode ter levado a um aumento nos raios que provocaram incêndios florestais, transformando-as em savanas. Com essa atmosfera carregada, incêndios florestais teriam ocorrido em todo o mundo.

Eles teriam que andar muito mais de uma árvore para outra, por isso, se tornaram melhores em andar na vertical

"Acredita-se que já houvesse alguma tendência para os hominídeos andarem sobre duas pernas, mesmo antes deste evento", explicou o autor do estudo e professor de física da Universidade do Kansas, Adrian Melott. "Mas eles eram principalmente adaptados para escalar em árvores. Depois dessa transformação para savana, eles teriam que andar muito mais de uma árvore para outra, por isso, se tornaram melhores em andar na vertical", finalizou.

Os pesquisadores expressaram cautela em relação às conclusões e admitiram que mais pesquisas são necessárias para entender se os raios cósmicos realmente impulsionam os raios que, consequentemente, causam incêndios. Se os cientistas estiverem certos, futuras supernovas podem desencadear mais incêndios florestais na Terra. Mas não tão cedo. A estrela mais próxima prestes a explodir é a Betelgeuse, uma das mais brilhantes da constelação de Orion, que fica a uns 642 anos-luz de distância.

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