Parece que a polêmica envolvendo um vazamento na Estação Espacial Internacional (EEI) está tomando novas proporções na Rússia. Foi identificado na semana passada que a perda de pressão na estação era devida a umburaco feito com uma furadeira em um módulo russo Soyuz. A NASA então deixou a investigação nas mãos da agência espacial da Rússia para que fossem identificados problemas na fabricação dessa nave, mas parece que a falta de respostas objetivas começou a alimentar teorias bastante preocupantes.
Vários veículos da mídia russa começaram a publicar artigos que cogitam a possiblidade de um astronauta norte-americano ter sabotado a cápsula para forçar a evacuação de um colega que teria adoecido no fim de agosto.
A teoria diz que a NASA não estaria disposta a pagar os US$ 85 milhões — o custo total de um lançamento da Soyuz — sozinha para evacuar um astronauta. Fora isso, essas cápsulas não podem partir da estação com apenas um passageiro. É necessário que os três lugares estejam sempre ocupados para que haja espaço em outras cápsulas para os demais tripulantes da EEI evacuarem em emergência.
ISS Leak summary:
— Chris B - NSF (@NASASpaceflight) 3 de setembro de 2018
First thought was MMOD strike.
Then NASA released pics. Lots of people: "Hmmm, doesn't look like MMOD". NASA deleted the photos.
Top Russian news site RIA NOVOSTI reported - via sources but apparently confirmed by Mr. Rogozin - it was a drill hole. pic.twitter.com/520kHK0TMc
Uma suposta evidência disso seriam as marcas de broca que ficaram em volta do buraco. A teoria dos russos é de que, com a microgravidade e a falta de apoio, uma pessoa poderia ter pouca precisão ao usar uma furadeira no espaço. Isso então alimenta a suspeita de que a nave foi sabotada em órbita e não em terra.
Essas informações estariam sendo vazadas por funcionários da Roscosmos, a agência espacial russa, à imprensa. Contudo, Dmitry Rogozin, chefe da organização, já deu entrevistas explicando que ainda não há resultados conclusivos para a investigação.
A situação é muito mais complexa do que pensamos anteriormente
“Os resultados que nós temos ainda não nos dão uma imagem objetiva do problema. A situação é muito mais complexa do que pensamos anteriormente”, comentou Rogozin.
A fim de evitar participar da polêmica, a NASA, agência especial norte-americana, não comentou oficialmente o caso. Contudo, o responsável pela tripulação dos EUA na EEI, o astronauta Drew Feustel, negou seu envolvimento e também o de seus colegas nessa suposta sabotagem.
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