Cientistas alemães fabricam eletrodos com grafeno para aplicação em OLEDs

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Imagem: Fraunhofer Institute

A era do grafeno, um dos materiais mais promissores das últimas décadas, parece estar a cada dia mais próxima. Pesquisadores alemães do Fraunhofer Institute e parceiros da indústria descobriram uma maneira de fabricar eletrodos desse elemento e aplicar em LEDs orgânicos, os chamados OLEDs, em larga escala.

Para chegar a esse resultado, testes foram realizados sob vácuo com uma película de cobre de alta pureza aquecido a 800 graus Celsius em uma câmara de aço. A equipe adicionou uma mistura de metano com hidrogênio e uma reação química gerou átomos de carbono. Tudo isso levou apenas alguns minutos e após a fase de resfriamento o polímero foi colocado sobre o grafeno.

Os primeiros produtos já devem ser lançados nos próximos dois ou três anos

O projeto responsável por esse experimento, batizado de Gladiator (Graphene Layers: Production, Characterization and Integration), nasceu em novembro de 2013 e deve ser concluído em abril deste ano, período em que os cientistas devem reduzir impurezas e aperfeiçoar o processo. Os 12,4 milhões de euros gastos foram patrocinados pela Comissão Europeia, com suporte da companhia espanhola Graphenea S.A. e a British Aixtron Ltd.

Grafeno é muito fino, resistente e flexível, características ideais para as telas da próxima geração de smartphones

Aplicações em vários setores

“Os primeiros produtos já devem ser lançados nos próximos dois ou três anos”, adiantou a líder do Gladiator, Beatrice Beyer. O grafeno é muito fino, resistente, flexível e semicondutor, ideal para ser utilizado em telas sensíveis ao toque, em substituição ao caro revestimento de óxido de índio-estanho.

O item favorece a criação de uma bateria que dura mais e recarrega com rapidez, além de conduzir melhor a transmissão de dados. Ou seja, em breve poderemos ter poderosos smartphones transparentes, dobráveis e com displays de alta resolução nas prateleiras.

O material poderia ser usado em janelas de casas para controlar a passagem de luz ou servir como filtro de polarização de eletrodos. Ele também é indicado para a indústria têxtil e naval de alta tecnologia, na medicina e mais diversos setores.

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