Entenda como a tecnologia PDAF pode tornar suas fotos ainda melhores

5 min de leitura
Patrocinado
Imagem de: Entenda como a tecnologia PDAF pode tornar suas fotos ainda melhores

Existem atualmente quatro principais tecnologias que permitem a uma câmera de smartphone fazer o foco antes de tirar uma foto: detecção de contraste, que é a mais básica; autofoco a laser, a mais rápida; detecção de fase, a mais completa; e sistema de câmera duplo, que permite ajustar o foco depois de capturar a imagem.

Isso é um grande avanço para a fotografia no reino dos aparelhos mobile

Nesse artigo, nós vamos explicar como funciona essa terceira opção, a detecção de fase ou PDAF (Phase Detection AutoFocus). Esse método é considerado atualmente a solução mais interessante para câmeras de smartphones por uma série de razões. Contudo, o PDAF exige processadores de imagens mais rápidos e confiáveis. Por isso, ele é mais comum em dispositivos top de linha.

Mas como a MediaTek vem suportando esse recurso em muitos de seus chips, aparelhos intermediários também começaram a aparecer no mercado com autofoco por detecção de fase. Isso é um grande avanço para a fotografia no reino dos aparelhos mobile, e logo você vai entender o porquê. Mas, em essência, a tecnologia PDAF pode tornar suas fotos de smartphone muito melhores.

Detecção de contraste vs. Detecção de fase

Para entender o que é o PDAF, você precisa primeiro saber como funciona o CDAF (Contrast Detection AutoFocus) ou autofoco por detecção de contraste. A câmera analisa a cena enquadrada completamente, do ponto mais distante ao mais próximo, e verifica todos os pixels. O processador de imagem então avalia os dados desses pixels a fim de encontrar a maior diferença de contraste (basicamente procura o “branco mais branco” e o “preto mais preto”). Fazendo isso algumas vezes a câmera vai descobrir o ponto de foco.

Esse procedimento é bem lento e você pode perceber quando ele está acontecendo no seu smartphone. Quando você aponta sua câmera para alguma coisa, ela fica entrando e saindo de foco algumas vezes até se estabilizar. Esse efeito é o processo de análise dos pixels, ou seja, quando a câmera está procurando os contrastes ou os contornos dos objetos para conseguir uma foto nítida.

Moto G de primeira geração com CDAF

Para usar o CDAF, o smartphone só precisa ter um sensor bem comum e um processador de imagem capacitado

Essa tecnologia é a mais básica por duas razões principais: ela é mais barata e mais disseminada. Para usar o CDAF, o smartphone só precisa ter um sensor bem comum e um processador de imagem capacitado. É interessante destacar também que praticamente todos os aparelhos mobile da atualidade utilizam esse recurso de forma primária ou secundária.

Modelos diversos, desde os mais caros aos mais baratos, possuem o CDAF porque os outros métodos não funcionam em qualquer situação. Portanto, mesmo sendo o mais básico, esse padrão é o mais abrangente.

Uma vantagem, entretanto, é que o CDAF funciona muito bem quando há boa luz. Por isso, é difícil fazer fotos ruins sob a luz do sol, mesmo com smartphones de entrada e intermediários. Nesses casos, os contrastes ou contornos ficam muito evidentes para a câmera, que consegue fazer a análise mais rapidamente e travar seu foco com mais precisão.

Mesmo assim, esse sistema não é bom para tirar fotos de objetos em movimento — mesmo que pouco — e pior ainda para ambientes com pouca luz, já que os contrastes ou contornos ficam difíceis de encontrar ou mudam mais rápido do que a câmera consegue acompanhar.

É aí que entra o PDAF. Esse método consegue lidar muito melhor com elementos em movimento e também é superior em cenas com pouca luz porque ele é essencialmente mais veloz.

A Quantum também tem utilizado esse recurso para melhorar a qualidade das câmeras de seus smartphones

O autofoco por detecção de fase funciona — muito resumidamente — da seguinte maneira: a lente dessas câmeras é curva e o sensor de imagem tem micro sensores embutidos dedicados a identificar contrastes nas extremidades esquerda e direita da foto. Em essência, o sensor manda dois registros diferentes para o processador, e ele então forma o foco mesclando essas duas “pré-fotografias”. Essa mistura é baseada na curvatura da lente e na leitura dos microsensores, que identificam pontos de contraste idênticos nas duas imagens. Sobrepondo esses pontos, a câmera consegue encontrar o foco perfeito.

Todo esse processo acontece muito mais rapidamente do que em aparelhos com CDAF, em parte por conta do hardware que normalmente é superior, mas também porque a própria tecnologia é mais aprimorada. Além de marcas internacionais, a Quantum também tem utilizado esse recurso para melhorar a qualidade das câmeras de seus smartphones.

Meizu MX6 com PDAF

Várias fabricantes estão apostando nessa tecnologia, e empresas como Apple e Samsung têm feito versões proprietárias para seus smartphones top de linha. A MediaTek, por sua vez, dá suporte ao PDAF em vários de seus processadores mobile mais recentes, o que inclui o deca-core Helio X20 e outros mais básicos. Qualcomm, Samsung e Apple também fazem isso, mas em chips mais caros.

Veja alguns smartphones à venda no Brasil que possuem PDAF:

Samsung Galaxy S7

  • Câmera traseira: 12 MP, f/1.7, 26mm, PDAF, estabilização óptica, HDR, flash LED
  • Câmera frontal: 5 MP, f/1.7, 22mm, HDR
  • Vídeo: 2160p@30fps, 1080p@60fps, 720p@240fps, HDR
  • Preço hoje: R$ 2.318

Apple iPhone 7

  • Câmera traseira: 12 MP, f/1.8, 28mm, PDAF, estabilização óptica, flash LED dual-tone, HDR
  • Câmera frontal: 7 MP, f/2.2, 32mm, HDR
  • Vídeo: 2160p@30fps, 1080p@30/60/120fps, 720p@240fps
  • Preço hoje: R$ 3.111

Sony Xperia XZ

  • Câmera traseira: 23 MP, f/2.0, 24mm, PDAF e foco a laser, flash LED, HDR
  • Câmera frontal: 13 MP, f/2.0, 22mm, HDR
  • Vídeo: 2160p@30fps, 1080p@30fps, 1080p@60fps
  • Preço hoje: R$ 3.599

Quantum MÜV Pro

  • Câmera traseira: 16 MP, f/2.2, PDAF, flash LED, HDR
  • Câmera frontal: 8 MP, f/2.2, ângulo de visão de 73º, HDR
  • Vídeo: 1080p@30fp e 720p@30fps atrás e 640x480@30fps na frente
  • Preço hoje: R$ 849

Quantum FLY

  • Câmera traseira: 16 MP, f/2.0, PDAF, flash LED dual-tone, HDR
  • Câmera frontal: 8 MP, f/2.4, ângulo de visão de 80º, HDR, Flash LED
  • Vídeo: 1080p@30fps e 720p@30fps atrás, 720p@30fps na frente
  • Preço: R$ 1.499

Zenfone 3 ZE552KL

  • Câmera traseira: 16 MP, f/2.0, PDAF e foco laser, estabilização óptica, flash LED dual-tone
  • Câmera frontal: 8 MP, f/2.0
  • Vídeo: 2160p@30fps, 1080p@30fps
  • Preço hoje: R$ 1.709

Moto G4 Plus

  • Câmera traseira: 16 MP, f/2.0, PDAF + foco a laser, flash LED dual-tone, HDR
  • Câmera frontal: 5 MP, f/2.2, auto-HDR
  • Vídeo: 1080p@30fps, HDR
  • Preço hoje: R$ 1.299

Meizu MX6

  • Câmera traseira: 12 MP, f/2.0, PDAF, flash LED dual-tone, HDR
  • Câmera frontal: 5 MP, f/2.0
  • Vídeo: 2160p@30fps, 1080p@30fps
  • Preço hoje: R$ 1.499

Agora que você sabe como funciona o PDAF, o CDAF e também conhece alguns smartphones que possuem o recurso, vai poder comprar aparelhos com câmera de melhor qualidade e foco rápido sem se confundir com as especificações. Em outra oportunidade, nós vamos detalhar também todas as diferenças entre esses dois padrões frente ao foco a laser e o feito com sistema duplo de câmera. Fique de olho no TecMundo.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.