Análise: GeForce GTX 760 [vídeo]

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No início deste ano, a NVIDIA lançou a GeForce GTX Titan. O modelo traz muita força e oferece um desempenho incrível. Algum tempo depois, a empresa lançou mais dois modelos: A GeForce GTX 780 e a GTX 770.

Agora, a família GeForce acaba de receber o quarto modelo desta geração. Trata-se da GTX 760, uma GPU voltada a oferecer um maior custo-benefício, ou seja, para quem quer garantir um bom desempenho nos games gastando pouco.

A placa trabalha com a arquitetura Kepler e o chipset GK104, o mesmo utilizado nos modelos mais poderosos da geração anterior e também na GeForce GTX 770. A placa de vídeo chega para substituir a GTX 660 Ti e assume a quarta posição na hierarquia de placas de vídeo da NVIDIA.

Especificações

Design da placa

A GeForce GTX 760 possui um design mais simples que aquele utilizado nas suas irmãs maiores. Enquanto aquelas trabalham com a carcaça de alumínio e a câmara de vapor, a GeForce GTX 760 que nós testamos possui um visual mais tradicional. Essa é uma das chaves para garantir que o produto possa ser mais barato, mas sem afetar o desempenho térmico da placa.

A primeira coisa que notamos ao pegar a placa na mão é o peso do acessório. Por trabalhar com uma carcaça de plástico em vez de alumínio, o modelo é ligeiramente mais leve. Além disso, é possível notar que o tamanho da PCB é menor nesse modelo. Como a placa que testamos possui apenas 2 GB de memória, ela apresenta quatro espaços vazios para a implementação de mais quatro chips, o que deve totalizar 4 GB em outras versões.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

A carcaça de plástico imita o desenho utilizado pela GeForce GTX Titan, trazendo as mesmas linhas; e o sistema de refrigeração segue o modelo tradicional utilizado na maioria das placas de vídeo da NVIDIA. Um cooler no formato blower fica posicionado na parte de trás da placa, empurrando o ar quente para fora.

Na lateral superior encontramos os dois conectores de energia de seis pinos — o modelo precisa de 170 watts de energia para funcionar adequadamente. Próximo a esses conectores, encontramos dois conectores SLI, prontos para você ligar até três GTX 760 em paralelo para garantir o máximo desempenho.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Como conexão externa a placa oferece duas saídas DVI, uma HDMI e uma Display Port; todas elas posicionadas junto à saída de ar do modelo.

Importante: essa placa de vídeo é um modelo de referência, ou seja, as fabricantes podem optar por trabalhar com esse design ou escolher o seu próprio sistema de refrigeração.

GeForce GTX 760

O chipset utilizado pela GeForce GTX 760 é o Kepler GK104, o mesmo modelo utilizado na GTX 680 — a placa mais poderosa da geração anterior — e também na GeForce GTX 770, a irmã maior do modelo que testamos hoje.

Apesar de ser o mesmo chipset, essa GPU possui alguns recursos a menos. Um exemplo disso são as unidades de textura SMX, ou streaming multiprocessors. Enquanto a GTX 770 possui 8, esse modelo carrega apenas 6, resultando em 1.152 núcleos CUDA, contra 1.536 do modelo superior. Com isso, temos uma placa ligeiramente mais fraca, mas também mais barata, resultando em uma opção que apresenta uma relação custo-benefício melhor.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

A NVIDIA optou por aumentar a banda de memória desse modelo de 192 bits — apresentado na geração anterior com a GeForce GTX 660 Ti — para 256 bits. Desse modo, foi possível elevar a banda de memória de 144 para mais de 192 GB/s. A arquitetura de memória utilizada é a GDDR5, composta por quatro controladores de 64 bits cada, totalizando 2 GB RAM.

A memória também roda com o mesmo clock da GTX 680, ou seja, 6.008 MHz. A NVIDIA informou que os primeiros modelos de GeForce GTX 760 devem ter 2 GB de memória, mas que já existem versões com 4 GB em desenvolvimento.

O clock principal da GPU é configurado para rodar a 980 MHz, mas ele pode chegar a 1.033 MHz (ou mais) quando o Boost Clock é ativado. Esse recurso aumenta dinamicamente a frequência da GPU de acordo com as configurações de energia e temperatura da placa.

Como de costume, é possível que os fabricantes aumentem essas frequências em suas versões da GeForce GTX 760, o que deve garantir ainda mais velocidade para os seus jogos.

Mudança na linha de produtos

Com o lançamento da GeForce GTX 760, a NVIDIA está mudando um pouco a sua linha de produtos. Sai do mercado a GeForce GTX 660 Ti e entra a GTX 770 em seu lugar, seguida pela GeForce GTX 660 e pela GeForce GTX 650 Ti Boost, lançada no início deste ano.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

Gráficos de última geração

Os jogos atuais atingiram um nível de realismo impressionante. Entretanto, para garantir os visuais é preciso ter um equipamento poderoso e que possua recursos importantes. Nesse aspecto, a NVIDIA faz a sua parte e oferece uma gama de ferramentas para garantir sempre a máxima experiência visual do mercado.

O DirectX 11 trouxe uma série de novidades para o mercado. Entre elas, o Tessellation, um recurso que pode aumentar muito a qualidade visual dos objetos modelados em três dimensões. Funciona assim: dentro dos games, todos os objetos são construídos com polígonos. O Tessellation analisa cada uma dessas formas e as quebra em uma série de mosaicos, tudo para aumentar a complexidade das imagens e oferecer uma excelente qualidade visual.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

O PhysX é um sistema de aceleração de física que acompanha todas as placas de vídeo de última geração da NVIDIA. Como os games atuais possuem muitos elementos se movimentando simultaneamente (explosões, roupas, cabelos e partículas), é preciso muito poder de processamento. O PhysX entra para resolver esse problema, assumindo a responsabilidade de processar essas informações, desafogando a CPU para que ela possa cuidar de outras tarefas.

O Adaptive Vsync pode controlar a sincronização vertical das imagens ativando o vsync quando a placa de vídeo está com folga e o desativando quando é preciso mais poder de processamento. Com isso, as animações ficam muito mais fluidas na tela.

A NVIDIA desenvolveu uma nova técnica de anti-aliasing para reduzir o serrilhado que é visto em imagens em movimento. A tecnologia é uma mistura de vários outros recursos: filtro temporal, hardware anti-aliasing e um filtro de suavização que é o mesmo utilizado em filmes. Batizado como TXAA, o novo recurso pode proporcionar muito mais detalhes a imagens em movimento, como folhagens, por exemplo.

(Fonte da imagem: Divulgação/NVIDIA)

A união de todos esses efeitos pode ser vista no Faceworks, uma tech-demo liberada pela NVIDIA há algum tempo que mostra a modelagem de uma face em tempo real, permitindo que você altere as expressões faciais de modo inacreditável.

O NVIDIA FaceWorks pode ser encontrado no Baixaki.

Overclock dinâmico com o GPU Boost 2.0

O GPU Boost foi introduzido na geração passada com a GeForce GTX 680. A ferramenta permite o aumento do clock do processador até um limite específico, baseado em determinadas condições. Na série 600, o GPU Boost utilizava como limitação a energia, ou seja, enquanto o limite não fosse atingido, o clock poderia continuar aumentando.

A GeForce GTX 760 possui o mesmo chipset encontrado na GTX 680, mas traz a segunda versão do GPU Boost.

O recurso trabalha de forma similar ao primeiro, aumentando dinamicamente o clock principal da GPU, mas, em vez de se basear no consumo energético para determinar a frequência máxima, agora a placa utiliza a temperatura como limitador.

O modelo traz uma configuração de fábrica que trabalha com um limite de 80 graus Célsius, ou seja, enquanto a GPU não atingir essa marca, ela continua aumentando o clock através de um sistema de monitoramento que controla dinamicamente a tensão, a frequência e a temperatura do chip.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

Esse sistema permite aos usuários modificar o comportamento do GPU Boost conforme sua necessidade, ajustando a temperatura máxima de 80 graus para 85 graus (ou mais), por exemplo, garantindo mais desempenho com um controle mais preciso das funções e dos limites da placa. Todas as alterações podem ser feitas via software, não exigindo modificações complexas no hardware da placa.

A mudança realizada no modo como o GPU Boost funciona também permite que os limites sejam ultrapassados com mais facilidade. Como o recurso não é mais limitado pela tensão e sim pela temperatura, agora é possível fornecer mais energia para o chip com o “overvoltage” (ou sobretensão) para arrancar ainda mais potência da sua placa de vídeo.

GeForce Experience

Para garantir a máxima compatibilidade com o grande volume de novos títulos que são lançados regularmente, as fabricantes de GPUs precisam assegurar a atualização dos drivers com velocidade. A NVIDIA já faz isso; contudo, para os jogadores, pode ser um pouco difícil acompanhar todas as mudanças e novos lançamentos de drivers.

(Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

Para resolver esse problema, existe o aplicativo GeForce Experience. A ferramenta é um sistema de notificação que pode avisar, baixar e instalar automaticamente um novo driver assim que ele estiver disponível.

Outro importante recurso oferecido por ele é a regulagem automática das configurações de vídeo para os games. Como cada um requer perfis específicos, alterar um de cada vez pode ser cansativo (e complicado) se você tiver muitos jogos instalados.

Preparação para os testes

Será que a GeForce GTX 760 é capaz de apresentar bons resultados? Para descobrir isso, executamos alguns testes com a placa. Rodamos diversos games de última geração com os gráficos no máximo e em resolução Full HD.

Configuração da máquina de testes

  • Processador: Intel Core i7 3770 (Ivy Bridge) @ 3,40 GHz;
  • Placa-mãe: ASUS P8Z77-V Deluxe;
  • Memória: 16 GB RAM DDR3 1.600 MHz;
  • Sistema operacional: Windows 8 PRO.

Metro: Last Light

Metro: Last Light é continuação de Metro 2033, lançado em 2010. O game é uma sequência direta dos acontecimentos anteriores, nos levando novamente a uma Rússia pós-apocalíptica em que os humanos sobreviventes precisam se esconder.

O novo jogo aproveita o poder das GPUs modernas para trazer gráficos impressionantes, texturas em alta definição e muita destruição com efeitos especiais incríveis. Tudo isso pode acabar exigindo muito do hardware.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.

F1 2012

F1 2012 é o mais novo capítulo do game de corrida produzido pela Codemasters. O jogo reproduz com extrema fidelidade as pistas e os carros de todas as equipes que participam do campeonato de automobilismo mais famoso de todos.

A alta taxa de polígonos utilizados nos modelos e os avançados efeitos de luz e sombra podem fazer qualquer placa de vídeo mais simples sofrer para processar todos os dados a uma taxa de quadros adequada.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.

Battlefield 3

Battlefield 3 dá sequência à consagrada franquia de FPS da DICE, acrescentando à fórmula tradicional da série novas possibilidades estratégicas, bem como unidades inéditas e um tratamento gráfico diferenciado. Para aumentar a ação presente no título, a desenvolvedora também acrescentou novos mapas, armas e veículos.

O jogo possui gráficos incríveis e muitos efeitos de luz, fumaça e explosões, tudo isso em meio a muita ação. Devido a todas essas características, para ter uma experiência completa com o game é preciso possuir um hardware à altura.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.

Crysis 3

O terceiro capítulo do game que se tornou padrão de desempenho para os jogadores do mundo todo finalmente chegou, e com ele a famosa pergunta relacionada às placas de vídeo: “Roda Crysis?”. Isso porque Crysis 3 utiliza uma versão remodelada da CryENGINE 3, oferecendo um padrão visual inacreditável, levando os gráficos a um novo patamar.

O terceiro game da franquia traz um enredo mais consistente que os anteriores e coloca novamente os heróis em um mundo devastado por uma invasão alienígena.

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Batman: Arkham City

Em Batman Arkham City, o Homem-Morcego deve invadir a prisão de mesmo nome para desvendar o misterioso Protocolo 10 e enfrentar seus piores inimigos. O jogo apresenta um mapa grande para ser explorado, incluindo muitos detalhes e objetos para interação. Tudo isso acaba exigindo bastante das placas de vídeo.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.

Borderlands 2

O segundo game da série Borderlands segue o mesmo estilo do primeiro, com gráficos estilizados e um tratamento visual diferenciado. Desta vez, estão presentes no jogo territórios maiores para a exploração, novos inimigos e uma grande variedade de armas e veículos.

A física foi melhorada e a inteligência artificial também recebeu modificações. Além disso, os efeitos especiais proporcionados pelo PhysX chamam atenção durante os tiroteios.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.)

Far Cry 3

Em Far Cry, você assume o controle de Jason Brody, um jovem que se vê obrigado a aprender a lutar para poder salvar os seus amigos e sobreviver. Toda a ação se passa em uma ilha, e não há um caminho fixo a ser percorrido. O extenso mundo aberto é cheio de florestas, animais nativos e muitas armadilhas. Tudo isso junto exige um hardware potente para funcionar.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.

Sleeping Dogs

Sleeping Dogs é um game que segue o estilo GTA de ser: muita correria, tiroteio e carros a toda velocidade pelas ruas de Hong Kong, lembrando muito o estilo dos filmes de ação chineses.

A diversidade na jogabilidade e o grande número de elementos e efeitos especiais presente na produção podem fazer alguns computadores menos potentes pedirem água durante as partidas.

Em quadros por segundo. Quanto mais, melhor.

Heaven Benchmark

O Heaven Benchmark foi desenvolvido para explorar todos os recursos das placas de vídeo, testando os limites do hardware em situações específicas. O teste é baseado no motor gráfico Unigine e utiliza o que há de mais moderno em sistema de iluminação, física e Tessellation para determinar o poder da placa de vídeo.

Em pontos. Quanto mais, melhor.

Valley Benchmark

O Valley Benchmark utiliza a Unigine para testar os limites do hardware. O software mostra uma região montanhosa com uma enorme quantidade de árvores e plantas de variadas espécies em um terreno de 64 milhões de metros quadrados. O Valley também exibe efeitos de luz e variações climáticas, colocando o poder das placas de vídeo à prova.

Em pontos. Quanto mais, melhor.

3DMark 11

O 3D Mark é, talvez, o mais conhecido software de benchmark do mercado. No mundo todo, pessoas utilizam esse software para medir o desempenho de suas máquinas. É claro que não poderíamos deixar de testar nosso equipamento com este aplicativo.

Em pontos. Quanto mais, melhor.

Vale a pena?

A NVIDIA começou o ano largando uma placa de vídeo muito poderosa, com um preço proporcional ao seu desempenho. A GeForce GTX Titan foi o primeiro modelo dessa geração de placas, e chegou para liderar as novidades. Logo após o seu lançamento, chegaram ao mercado a GTX 780 e, em seguida, a GTX 770.

Agora, chegou o quarto modelo da família: a GeForce GTX 760. Quando olhamos para ela, vemos um modelo ligeiramente mais simples que as placas de vídeo anteriores, mas que, em contrapartida, oferece uma relação custo-benefício muito mais interessante ao consumidor que quer montar uma máquina gamer sem gastar uma fortuna.

(Fonte da imagem: Divulgação/NVIDIA)

Segundo a NVIDIA, o modelo é até 300% mais rápido que a GeForce GTX 275, lançada quatro anos atrás e que ainda é muito utilizada

A GTX 760 também é uma ótima opção para quem gosta de overclocks. Durante os testes, a placa se manteve em uma temperatura estável mesmo quando toda a capacidade da GPU era exigida. Além disso, por custar menos, ela é uma boa pedida para configurações SLI.

Ao escolher uma placa de vídeo, também é preciso considerar os diferenciais oferecidos pela NVIDIA: drivers atualizados constantemente e aplicativos como o GeForce Experience; ideais para manter seus games sempre com a máxima qualidade.

A GeForce GTX 760 está chegando hoje (dia 25) ao mercado por um valor médio de US$ 300. Isso é cerca de 100 dólares a menos que a GTX 770 e menos da metade do preço da GTX 780, fazendo da GTX 760 a melhor solução custo-benefício dessa geração de placas, pelo menos até agora.

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