O Microsoft Surface Pro é um tablet caro demais?

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O famoso Surface Pro (Fonte da imagem: Reprodução/WindowsPhoneBrasil)

Como você deve ter visto aqui no Tecmundo, a Microsoft anunciou o preço do tablet Surface Pro na semana passada. O valor cobrado é tão alto que muita gente se assustou e pensou duas vezes antes de comprar o produto — afinal de contas, a versão mais barata do aparelho custa “apenas” US$ 889 (cerca de R$ 1,8 mil, sem impostos).

Por conta disso, a Microsoft deixou muita gente pensando que o Surface Pro é um tablet caro demais e que esse preço só é praticável na venda de computadores — e estamos falando de máquinas boas. Contudo, como saber se isso é mesmo verdade?

Para resolver essa questão e deixar algumas pessoas mais tranquilas, os sites Arstechnica e BGR realizaram análises para saber se o valor cobrado pelo Surface Pro é alto demais e se ele realmente tem chance de competir com máquinas de última geração, como os ultrabooks.

Sim, é um tablet bem caro

Levando em consideração o preço no mercado norte-americano, pagar quase R$ 1,8 mil reais em um tablet na sua versão básica é quase que um sinal de loucura — e só imagine qual vai ser o preço cobrado em lojas brasileiras. E, para piorar as coisas, ele não conta com ferramentas ou recursos que justifiquem essa grande quantia de dinheiro cobrada.

Em relação aos seus concorrentes — pense principalmente no iPad e Nexus 7 —, o desempenho do Surface Pro não é extraordinário ou simplesmente diferenciado. Além disso, o tempo de duração da sua bateria deixa muito a desejar, já que ela dura apenas quatro horas e meia, ficando bem longe daquela promessa de “durar o dia todo”.

Os maiores diferenciais são a possibilidade de você usar um teclado junto do tablet e a presença do Windows 8 Pro, o que muda a maneira como o aparelho pode ser utilizado e visto pelo público.

Ok, então é um tablet competindo com computadores?

Asus Taichi, uma máquina que é ultrabook e tablet ao mesmo tempo (Fonte da imagem: Reprodução/Engadget)

Ainda trabalhando com os preços cobrados nos Estados Unidos, o novo tablet da Microsoft fica em uma faixa de preço em que ele competiria com os ultrabooks. Ou seja, se formos falar somente de valores, ele compete diretamente com essas máquinas de alto desempenho.

Em relação a elas, a resolução de tela do tablet — que é de 1920x1080 — não deixa a desejar, e o tempo de vida da sua bateria está dentro da média. Contudo, esses computadores têm um processamento de dados bem superior ao do Surface Pro, além de possuírem uma memória de armazenamento bem maior.

Colocando tudo isso em termos mais simples: não, o tablet da Microsoft não pode competir com ultrabooks, mesmo que eles custem tanto quanto um.

O motivo de um preço tão alto

Como já foi explicado anteriormente, o Surface Pro tem dois grandes diferenciais: o teclado e o fato de rodar o Windows 8 Pro. Por conta disso, ele proporciona uma experiência Windows completa, com gerenciamento de arquivos e rodando todos os aplicativos feitos para desktop. Dessa maneira, ele consegue atender às necessidades de quem precisa de um tablet e de um PC básico ao mesmo tempo.

O problema é que nem todo mundo consegue se encaixar nesse pequeno nicho de necessidades. Desse modo, o Pro é apenas um tablet muito caro para a maioria das pessoas, principalmente se você for contar todos os impostos que são cobrados no Brasil. E é esse o maior desafio da Microsoft: conseguir fazer com que essa categoria “tablet-PC” dê certo.

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