Como funcionam os testes de sobriedade no trânsito

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Nós esperamos que você nunca tenha bebido e dirigido, por isso vamos supor que você só tenha ouvido esta frase em filmes: “Você bebeu esta noite?”. Os policiais podem perguntar isso para qualquer motorista que julguem estar alcoolizado, podendo até mesmo realizar alguns testes com o suspeito – antes de encaminhá-lo ao bafômetro ou outros exames.

Muito mais comuns nos Estados Unidos, os testes de sobriedade podem parecer uma grande piada, mas envolvem resultados que podem realmente mostrar traços de que a pessoa andou bebendo mais do que deveria. Confira agora um pouco mais sobre alguns dos principais testes de detecção de álcool. Todos são homologados pelo NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration, ou Administração Nacional de Segurança e Tráfego nas Autoestradas).

HGN: Nistagmo horizontal dos olhos

Para quem não sabe, nistagmo é um movimento involuntário que os olhos fazem por diversas razões, incluindo o excesso de álcool no sangue. Eles podem ser vistos nos olhos de qualquer pessoa, principalmente quando as pupilas estão próximas às extremidades. Quando alguém está alcoolizado, o nistagmo pode ser percebido com movimentações bem mais sutis.

Os policiais podem utilizar canetas ou lanternas para traçar uma rota horizontal em frente aos olhos do suspeito. Caso o ângulo em que os olhos comecem a vibrar seja inferior aos 45 graus do centro, é muito provável que ele esteja realmente alcoolizado. Segundo dados da NHTSA, em 88% dos casos de nistagmo irregular, a quantidade de álcool está acima do permitido.

Andar e girar

“Ande pela linha, dando nove passos com um pé atrás do outro, olhando para baixo e contando em voz alta. Ao final dos passos, gire em seu próprio eixo e volte repetindo a ação”. Existe uma parte do sistema nervoso central que é chamada de corpo estriado. Essa região é responsável por algo que o Gizmodo chama de “Multitasking” do cérebro.

Este teste, nos Estados Unidos, possui um índice de 79% de acertos. O álcool inibe a capacidade de controlar várias funções ao mesmo tempo. Por isso, algumas falhas neste teste podem fazer o suspeito deixar bem claro que está alcoolizado. São elas:

  • Não conseguir se equilibrar enquanto as instruções são dadas;
  • Começar o teste antes de as instruções serem finalizadas;
  • Parar para retomar o equilíbrio;
  • Não tocar calcanhares e ponta dos pés;
  • Pisar fora da linha;
  • Usar os braços;
  • Girar da maneira errada;
  • Errar a quantidade de passos.

Parar em uma perna

Este teste é mais simples, mas também possui uma grande margem de acerto: 83%. Os policiais podem pedir para que os suspeitos fiquem parados em pé, erguendo um dos pés a alturas próximas aos 15 centímetros. Há quatro indicadores de intoxicação por álcool: instabilidade no equilíbrio, usar os braços, pular e voltar a perna até o chão.

Como informou o Gizmodo, depois dos três testes juntos, há um índice de 91% de acertos nos diagnósticos dos policiais. Existem também outros exames que são menos utilizados, mas que valem ser citados nesta matéria. Vamos a eles.

Teste de equilíbrio de Rhomberg

Este teste é muito utilizado quando os policiais não têm muita certeza de qual foi a droga consumida pelo suspeito. A pessoa é instruída a ficar de pé, fechar os olhos, deitar a cabeça trás e marcar silenciosamente o período de 30 segundos.

Além da análise da expressão corporal que é comum a outros exames, o tempo gasto para contar até 30 pode indicar a presença de substâncias. Enquanto alcoolizados vão demorar para chegar ao final a contagem, pessoas que consumiram estimulantes farão o mesmo em menos tempo.

Dedo no nariz

Calma, não é nada do que você está pensando. Este teste consiste em postar o suspeito de pé, com os pés juntos e os olhos fechados. Quando o policial ordenar, o suposto alcoolizado deve levar o dedo até a ponta do nariz. Os principais traços de alcoolismo nesse caso são: tensão muscular, tremores, desequilíbrio e, é claro, errar o nariz.

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Quando qualquer um dos testes aponta para a presença de álcool no sangue, os suspeitos são encaminhados para institutos responsáveis para fazer exames mais concretos. No Brasil, por exemplo, o bafômetro pode dar a dosagem alcoólica instantaneamente, mas nos EUA é necessário realizar a coleta sanguínea.

Fontes: National Highway Traffic Safety Administration e Gizmodo

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