O que você precisa para trabalhar nas grandes empresas de tecnologia

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Você gostaria de ser contratado por uma empresa que tenha pistas de boliche? (Fonte da imagem: Reprodução/Google)
Ouvir a frase “você está contratado” de grandes empresas de tecnologia pode ser o sonho de muitos — especialmente pelas companhias serem referência em bons ambientes de trabalho, vantagens profissionais, planos de carreira sólidos e ótimos salários.

Se você pretende conseguir algum desses “empregos dos sonhos”, saiba que será preciso mais do que um bom currículo. As companhias possuem a visão de que, para manter a estrutura interna sólida e, ao mesmo tempo, em constante evolução, é preciso ter funcionários que possuam habilidades e talentos que se destaquem.

No final de uma entrevista, companhias como Google, Facebook e Guidewire procuram mais do que indicações e formações: elas querem encontrar os melhores talentos. E, para que isso aconteça, os processos de contratação também são definidos seguindo as linhas de visão e política de cada empresa.

Quem não gostaria de trabalhar na Google?

Por causa da fama que conquistou de companhia inovadora, com um ótimo e descontraído ambiente de trabalho e grandes benefícios (isso sem contar os salários), a Google se tornou referência como uma empresa de tecnologia da qual todos gostariam de fazer parte.

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Escritório da Google em Londres traz o "ar livre" para "dentro" (Fonte da imagem: Reprodução/Google)
No entanto, apesar do clima de descontração que existe entre suas paredes, a companhia é bastante exigente quanto aos perfis dos profissionais que contrata: além de possuírem uma boa formação acadêmica, eles devem ser bons em atuar com a diversidade, amarem desafios e aceitarem grandes mudanças.

Na Irlanda, um salão da companhia possui o estilo "pub" (Fonte da imagem: Reprodução/Google)
O processo de contratação da Google é simples e relativamente rápido — acompanhando o ritmo como as coisas acontecem na empresa, que se baseia no mundo acelerado da internet. Normalmente, o profissional passa por uma conversa com o recrutador, uma entrevista por telefone e um encontro em um dos escritórios da empresa. Nessas avaliações, a Google busca quatro pilares básicos no entrevistado:

  1. Liderança: a empresa tem interesse em saber como você agiu e como se esforçou para mobilizar um time — independente se você ocupava ou não um cargo de “chefe” em seus trabalhos anteriores. O que eles querem saber é como você já atuou conjuntamente com seus colegas e ajudou sua equipe a ter sucesso;
  2. Amplos conhecimentos: a Google se interessa por pessoas que possuem uma variedade de forças e paixões, e não apenas conjuntos de habilidades isoladas. Além disso, ela também analisa se você tem experiência e bagagem necessárias para atingir o sucesso em sua função;
  3. Como você pensa: de que forma você resolveria um determinado problema? Este tipo de pergunta é comumente feita nas entrevistas e visa analisar como você poderia lidar com um obstáculo sem se prender a “respostas certas” — apenas mostrando sua visão e interpretação dos fatos.
  4. Características pessoais: a companhia também quer ter certeza se o ambiente e o formato de trabalho que ela oferece realmente se encaixam no seu estilo. Por isso, nas entrevistas, alguns questionamentos serão feitos para analisar se aquele é o local certo para você prosperar, considerando tópicos como suas atitudes e sua natureza colaborativa.

O que Mark Zuckerberg procura em seus futuros funcionários

Pioneiros: característica essencial para os funcionários do Facebook. Na companhia, juntamente com uma ótima formação — estudantes de doutorado são ainda mais bem-vindos —, você deve ter capacidade de resolver problemas, ser corajoso, ocasionar impactos e ser bastante informado.
 
Escritório do Facebook na Califórnia (Fonte da imagem: Reprodução/Office Snapshots)
Mark Zuckerberg desenvolveu como valores básicos para sua equipe aquilo que muitas outras empresas buscam: pessoas com talento e inovação. Para isso, cada funcionário precisa ter foco em resolver grandes problemas e coragem de arriscar. A empresa possui o ditado de que “a coisa mais arriscada é não correr riscos”. Ela encoraja seus profissionais a tomarem decisões audaciosas — mesmo que isso signifique errar algumas vezes.

Área externa do escritório (Fonte da imagem: Reprodução/Office Snapshots)
Além disso, a companhia acredita que você deve gostar de ousar, pois mostra sua habilidade em não perder tempo. Com o ditado “mova-se rápido e quebre as coisas”, o Facebook tem a visão de que, se você nunca quebrar nada, você provavelmente não está se movendo rápido o suficiente. Para a empresa, é preciso ter menos medo de cometer erros do que de perder oportunidades.

Guidewire: a melhor das melhores

Apesar da grande fama existente em torno da Google e do Facebook, é a empresa de software Guidewire que está no primeiro lugar das melhores empresas de tecnologia para se trabalhar em 2012.

Mesmo não possuindo ambientes despojados como as duas gigantes da internet, a companhia recebeu este título por apresentar um ótimo plano de carreira, além de uma grande flexibilidade entre trabalho e tempo livre oferecida para seus funcionários. A empresa também se baseia em princípios trabalhistas mais igualitários — como diminuir a hierarquia ao mínimo possível, permitindo aos profissionais atuarem como semelhantes.

Sede da Guidewire nos EUA (Fonte da imagem: Reprodução/Glassdoor)
Para ser contratado na “melhor das melhores”, você precisa ter no currículo uma boa experiência, curiosidade natural em entender como as coisas funcionam, foco em fatos importantes (mas sem tirar a atenção dos problemas), boas habilidades de comunicação, organização, adaptabilidade e proatividade. Dependendo do cargo no qual você tenha interesse, no entanto, mais qualidades são exigidas.

Assim, com base nas exigências das companhias Google, Facebook e Guidewire, é possível concluir que um bom currículo — com formação de destaque e experiências relevantes — não deixa de contar na hora de tentar uma vaga. Mas, por fim, suas qualidades pessoais e visionárias também serão colocadas na balança, classificando-o (ou não) como um profissional apto a entrar em algumas das melhores companhias de tecnologia.

 Fonte: Google, Facebook, Guidewire e Business Insider

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